sábado, 22 de março de 2008

Vereadores levaram uma ‘gorja’


Uma única sessão extraordinária rendeu R$ 731,53 para cada vereador da Câmara de Santiago. Já Nelson Abreu ganhou cerca de R$ 1.07,29, pois recebe 50% a mais por ser o presidente. Foi o que os vereadores receberam na folha de pagamento deste mês por terem participado de uma sessão no dia 29 de janeiro, durante o recesso, onde votaram cinco projetos, em sessão convocada pelo prefeito. No ano passado, o então presidente Diniz Cogo optou por assinar as convocações, em acordo com o prefeito, com o propósito de economizar a verba legislativa (sessão convocada pelo prefeito é paga. Pelo presidente da Câmara não). Neste ano, os vereadores tiveram um "faz-me rir" extra, já que Abreu manteve a convocação do prefeito. O cálculo da sessão extraordinária se dá com base no valor mensal que eles recebem, dividido por quatro (semanas), o resultado é o que os legisladores ganham por sessão. Os vereadores de Santiago estão entre os melhores remunerados de toda a região, sendo que o valor mensal pago a cada um é de R$ 2.926,14 e R$ 4.219,35 para o presidente.

sábado, 15 de março de 2008

Era uma vez...


Era uma vez um jovem e promissor legislador, que parecia ter um grande futuro pela frente mas que acabou sucumbindo ao próprio ego, envaidecendo-se de sua própria aura e que, hoje, caminha em direção à decadência política. Era uma vez Sandro Palma.

Como todos sabem, ele é aquele vereador que ganhou fama, sempre à cata de alguma polêmica. Sempre sorrindente e sempre procurando ajudar os seus eleitores. Conseguiu o feito de tornar-se o mais votado vereador de todos os tempos e alcançou o cobiçado posto de presidente da Câmara.

Em 2005, Sandro Palma não conseguiu concluir o seu mandato, pois teve problemas de doença, licenciando-se durante alguns meses para fazer seu tratamento de saúde. A ausência de Sandro na Câmara permitiu o fortalecimento de, pelo menos, duas lideranças do PMDB: Renato Cadó e Diniz Cogo e outra do PP: o jovem Marcos Fiorin Flores, hoje no PPS.

Nesse meio tempo, Sandro sai do PMDB e cria o PTB, com o propósito de tornar-se candidato a prefeito. A princípio, sua pré-candidatura era encarada como perigosa, pois ele era dono de grande carisma e popularidade e, se tivesse inteligência, saberia tirar proveito disso para unir a oposição em torno de si.
No caso, o que parece faltar a Sandro Palma é justamente inteligência. Ele pode até ser esperto- e muito- mas dá provas incontestes de ter deixado de ser um prefeiturável respeitável para se tornar um bobo, um malabarista de siglas e discursos vazios.

Senão, como definir suas entrevistas em que invoca para si a condição messiânica de ser "o candidato apoiado por Deus"? Com tal afirmativa, ele busca angariar votos de evangélicos fervorosos. No entanto, seriam esses evangélicos ignorantes o bastante para engolir esse joguete? Que pessoa, em sã consciência, engole esse tipo de discurso, que nada mais é que um deboche à própria inteligência do eleitor? Sem nada mais para dizer, ele aposta nas evasivas. Sem nada para dizer, faz promessas miraculosas e improváveis. Num debate político, ao lado de candidatos sérios e preparados, que chance esse tipo de discurso teria? É óbvio que Júlio Ruivo desmonta Sandro Palma. É óbvio que Júlio Prates o destrói. Ou Accácio, ou Vulmar ou qualquer político que tenha algo a apresentar. O mínimo que seja. Pois Palma não tem nada.

Sandro dá entrevistas e afirma que concorrerá sozinho e que o seu vice-prefeito é Marcos Fiorin, do PPS. No dia seguinte, contata o PT e oferece a cadeira de vice para algum integrante do partido. E, assim ele faz com o PDT, o PMDB, o PSDB e, sem respeito algum a qualquer sigla ou o que elas representem, Sandro vai brincando com cada uma delas. Para ele, pouco importa apresentar alguma proposta para fazer algo por Santiago. O que importa é satisfazer sua vaidadezinha de ser o sucessor de Chicão.

Mas a gota d'água aconteceu nesta sexta-feira, 14, onde no auge da palhaçada, Sandro Palma vai até a prefeitura com uma causa nobre: falar com o prefeito para conseguir uma internação para uma criança. Mas o que poderia ser nobre, virou algo pobre e podre.

No aguardo do prefeito, ele começa a dizer que só retiraria do local, quando fosse atendido por José Francisco Gorski. Fazendo da escadaria da prefeitura o seu palco, começa a atrair o público e dispara sua verborragia eleitoreira de que seria o vice-prefeito de Vulmar Leite (?), que retornaria a partir de janeiro para despachar na prefeitura (??) e que as pessoas lhe procurassem na prefeitura a partir do ano que vem (???). E em meio às palhaçadas, Sandro atinge o seu intuito de chamar a atenção.

Os assessores do prefeito, estupefatos com o circo armado dentro do prédio da Prefeitura - um ambiente em que Palma, como vereador, teria a obrigação de respeitar - só conseguem restaurar a ordem pedindo que se retire, ou outras providências seriam tomadas.

Só assim, Palma decide sair de cena. Não como um vereador, mas como um moleque, um fanfarrão. Ao contrário dos palhaços circenses, ninguém o aplaude. De promessa política, Sandro se torna um arremedo de Odorico Paraguaçu, um tipo que incorpora o que há de mais revoltoso em qualquer candidato, que faz promessas à torto e direito. Que aposta na ignorância das pessoas para se dar bem. Alguém que se dá bem em cima do eleitor miserável. Com uma mão ele dá, com a outra ele mostra o seu sorridente santinho. Um tipo que segue à risca os tópicos do livro "A Arte de Enganar o Povo", do jornalista Júlio Prates.Palma deixou de ser um político sério para se tornar um mero bobo da corte.

Não há palmas, nem vaias quando o palhaço sai de cena. Apenas o lamento.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Trapalhadas da oposição


Quem não lembra dos Trapalhões? Como eles eram engraçados e nos faziam rir com seus programas e filmes. As sessões em que passavam filmes dos trapalhões eram disputadíssimas, por crianças e adultos. Ah, como era bom rir com o Didi Mocó, o Mussum, o Dedé e o Zacarias. Depois que os Trapalhões se foram, a graça acabou. Ficou só os lamentáveis programas da Turma do Didi, na Globo e do "Dedé e o Comando Maluco", no SBT. Dois programas muito mais melancólicos do que humorados, afinal, não passam de um arremedo do que um dia foram.Assim está a nossa oposição de Santiago. No início, até que dava para dar algumas gargalhadas com algumas trapalhadas que eles vinham fazendo. O Sandro, por exemplo, era o nosso Didi e sempre saia com algum gracejo de fazer doer de tanto dar risada. Prometer ovelha e não dar, dizer que é o enviado de Deus, com a missão de ganhar a eleição. Um sarro. Seus outros colegas oposicionistas, tipo o Vulmar Leite, também não ficam para trás. O Vulmar, com aquele estilo de donzela, dizendo que não quer casar, mas se um príncipe encantado lhe mostrar uma aliança (política) ele sobe no altar.


Agora, os iluminados (como está sendo chamada a oposição), inventaram uma idéia para definir quem vai ser o candidato. Mas é uma idéia digna dos enredos dos "Trapalhões". A idéia é fazer uma pesquisa, indicando os nomes de Vulmar, Accácio e Nelson Abreu, como candidatos. (Deixando de fora Sandro Palma e Julio Prates, pré-candidatos por seus respectivos partidos, PTB e PT). Quem ficar em primeiro é o candidato a prefeito e quem ficar em segundo é o vice. O que ficar em terceiro é o reserva.


Eles pretendem pagar R$ 19 mil para uma empresa fazer essa pesquisa. Vou dar uma de vidente e vou antecipar os resultados.


O Vulmar tem mais popularidade do que os três indicados e aparece em primeiro. Accácio, vem em segundo e o Abreu, em terceiro.


O Accácio, certamente não aceitará ser vice do Vulmar. Ele foi vereador na época em que o Vulmar era prefeito e ele lembra bem como os vices eram tratados. Então, se Accácio não aceitaria nem ser vice (e nem ter Vulmar como vice), sobraria a vaga para o Abreu. Mas, o Nelson Abreu, por outro lado, nunca disse que pretende ser candidato a Executivo. Alguns "interessados" em sua vaga como vereador é que o querem longe do Legislativo. Abreu não é bobo e sabe que a oposição tem mais chance de perder do que de ganhar. Assim, ele aceitaria trocar o certo pelo duvidoso? É certo que não. Então, sobra Vulmar, como candidato a prefeito e sem um vice indicado pela pesquisa. Como eles não colocaram os candidatos do PTB e nem do PT para não fazer sombra, restará buscar outro nome da aliança. (Diniz Cogo, Cadó, Burmann..) Mas, êpa...


Se a idéia era pegar um vice que aparecesse em segundo na pesquisa e eles se vêem obrigado a pegar alguém que não figurou nela, por qual motivo gastar R$ 19 mil ????

Não era mais fácil dizer simplesmente "queremos o Vulmar de prefeito. Escolham o vice???"
Parece enredo de novela mexicana, mas não é. Parece enredo de filme dos "Trapalhões", mas não é. Acho que de tanto dizerem que a oposição é burra, eles estejam se convencendo disso...

sábado, 8 de março de 2008

Iluminados ou burros?

Abaixo transcrevo a escrachada que o nosso terrível Júlio Prates dá nos ditos "iluminados", a respeito de uma pesquisa que alguém quer fazer para apontar o candidato deles, da oposição. Ora, se os carinhas oposicionistas precisam gastar o que não têm, os 19 mil para dar a alguém de fora, nada mais brilhante que trazer todos os eleitores de São Paulo, Rio, Brasília. E bem dizem que os iluminados já começam mal a campanha, como sempre, depois, têm 4 anos para descobrir onde erraram...
Leiam:

"Bem, agora não tem como não comentar a decisão do frentão dos iluminados de contratar o IBOPE, a 19 mil reais, para fazer uma pesquisa em Santiago para ver quem é o melhor nome da oposição. Que solene desprezo as empresas locais. DATA HORA, Agencia Oficial, Gioda, Agencia 21, a própria URI. Mas pior que isso, só a crítica preconceituosa e desrespeitosa do presidente do PMDB dizendo que "são deles" alusão a que não poderiam contratar uma empresa local porque são todas do PP. Quando tocaram no meu nome, dizendo que eu faria uma pesquisa por bem menos, sobrou também para mim. Devem - também - trazer os eleitores de fora."