quinta-feira, 3 de julho de 2008


Vereador até debaixo d’água

Nem chuva, nem barro assustam o vereador Miguel Bianchini, do PP. Ele segue excursionando pelo interior de Santiago, visitando os mais distantes rincões para conferir de perto as necessidades da população. Há pouco, ele esteve no Rincão dos Possatos verificando se a prefeitura havia instalado luminárias reinvindicadas pelos moradores. Depois, excursionou por Ernesto Alves, Florida, Tupantuba e até no Baririssó. Subindo e descendo cerro em cima do lombo da moto. É o legítimo que fez o chamado "trabalho formiguinha", que tal qual na fábula, trabalhou muito durante inverno e verão para poder estar numa situação mais confortável, ao contrário de muitas "cigarras", que ficaram só cantando e trovando e, agora, sairão destrambelhados atrás de voto. Pelo que se comenta, Bianchini pode até tirar umas férias durante esse período, que em janeiro seu posto estará assegurado. Afinal, sem ninguém perceber, fez campanha política durante quatro anos. Mas, claro, também foi o vereador que mais trabalhou forrrrte e rijo.


Do legislativo para o Executivo
Na última sessão, o vereador Nelson Abreu, presidente da Câmara, comentou orgulhoso que da casa política poderá sair algum dos novos ocupantes da prefeitura municipal, salientando os nomes de Marcos Fiorin, candidato a vice-prefeito na chapa de Sandro Palma; Renato Cadó, vice na chapa de Vulmar Leite e a funcionária Vivian Dias, vice na chapa de Júlio Prates. Isso, sem contar, Júlio Ruivo que foi vereador por três mandatos e presidiu a Câmara.


Puxando a brasa para o PMDB
Não é de hoje que o vereador Accácio Oliveira se emociona quando fala sobre a educação. Disse que comeu o pão que o diabo amassou para poder se formar e conquistar um lugar ao sol, portanto, não pretende sair da política até que veja Santiago com ensino profissionalizante. Em seguida, porém, ele pisou na bola ao dizer que a Câmara deve render homenagem ao professor Algeu Disconzi, diretor da escola Isaías. Tudo bem que ele mereça homenagens, mas sabendo que ele é candidato a vereador pelo PMDB, fica parecendo que o Accácio estaria puxando brasa para o assado de seu partido.


O pior ano
O vereador Nelson Abreu disse que atuava na Câmara há vinte anos, mas ainda desconhecia vários aspectos do Poder Legislativo, pois não ainda não tinha sido presidente. "Agora é que estou conhecendo a Câmara de verdade", disse ele, referindo-se às responsabilidades de administrar a casa. Segundo ele, a experiência é proveitosa, apesar de estar encarando-a no pior ano para se trabalhar, em função do período eleitoral.


Quem apóia quem na Câmara de Vereadores
A partir de agora, as bancadas legislativas da Câmara de Vereadores se tornam trincheiras, onde cada parlamentar defende ou a continuidade de seu mandato ou a possibilidade de administrar a prefeitura de Santiago. Nas bancadas do PTB e PPS, Sandro Palma e Marcos Fiorin são os candidatos a prefeito e vice. Já Accácio Oliveira e Diniz Cogo, do PMDB, Nelson Abreu, do PDT e Sérgio Prates, do PSDB, defedem a candidatura de Vulmar Leite e Renato Cadó. O PP, por sua vez, conta com os vereadores Miguel Bianchini, Cláudio Cardoso, Franquilim Amaral e Nara Belmonte defendendo as propostas de Júlio Ruivo e Toninho Gomes. Sem bancada na Câmara de Vereadores, o PT santiaguense conta apenas com a funcionária legislativa Vivian Dias, que é candidata a vice-prefeita, na chapa de Júlio Prates. Porém, nesse período, estará licenciada de suas funções.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Aquele partido
Escolhido para ser candidato a vice-prefeito pelo PPS, Marcos Fiorin, o Kinho, foi elegante para falar a respeito dos adversários escolhidos pelo PP. Sobre Júlio Ruivo e Toninho Gomes, ele disse que "são pessoas com as quais me relacionei e tinha afinidades. Era amigo do Binho, filho do Toninho. E entrei para aquele partido quando o Ruivo era o presidente", lembrou Kinho, elogiando a ambos. Só não fez questão de pronunciar o nome da antiga sigla, se referindo ao PP somente como "aquele partido".

Trazendo indústrias
Como candidato a prefeito, Sandro Palma está pretendo trazer muitas indústrias para Santiago. Diz que vai trazer indústrias, frigoríficos, laticínios. Pela entonação, se ele for eleito, dá a entender que vai trazer a Nestlé, a Perdigão, a GM, a Gerdau e mais um monte de indústrias. Do jeito que trata, é só erguer o telefone e chamar que elas vem para cá. Mas, se é tão fácil assim, porque nem o Cássio, o Vulmar, o Toninho ou o Chicão trouxeram nada?

Prates incendeia
O jornalista Júlio Prates incendiou em entrevista na rádio Iguaçu-FM. "Os nosso políticos são desinformados, são uma farsa. Não estudam, são todos uns picaretas que brincam de fazer política. Há demagogos que dizem que vão trazer fábricas e isso é um embuste. A verdade é que Santiago pode perder quartéis e ninguém fala disso ou faz alguma coisa para gerar empregos na cidade", observou ele, que é pré-candidato a prefeito pelo PT.

Alternância no poder
Nelson Abreu, que há poucos dias participou do pré-lançamento da candidatura de Júlio Prates a prefeito, afirmou que o seu partido, o PDT, nunca escondeu a tendência de apoiar Vulmar Leite para prefeito. E observou que no final de semana será o último prazo para que a oposição se una. "Precisamos nos juntar nesse momento para defender a alternância no poder, que é algo salutar", disse o presidente da Câmara.

Lambendo as feridas
E para os que apostavam num racha no PP viram a sigla sair mais forte do que nunca, unindo os dois grupos que tentavam a indicação somarem-se. Com a excessão de Guilherme Bonotto, que se retira de cena, ficou comprovado que o PP briga e briga, mas final, eles lambem as próprias feridas.

Coincidência ou incompetência?
Diniz anunciou que Santiago deixou de receber R$ 30 mil, porque estava no Serasa das prefeituras, o Cadin. "Será coincidência ou incompetência? É a segunda vez que isso ocorre neste ano. Já são mais de R$ 80 mil que a cidade deixa de receber pela prefeitura estar inadimplante", denunciou o vereador do PMDB.

Bianchini queima Vulmar Leite
O vereador Bianchini (PP) voltou a criticar o ex-prefeito Vulmar Leite (PSDB). Para o legislador, Vulmar tumultuou a oposição santiaguense, acusando e destilando sua raiva. "O nome dele é um fracasso. Só atrapalhou o caminho das oposições", criticou. Bianchini disse que circula pelo interior e tem amizade com filiados antigos do PMDB que estavam revoltados com a possibilidade de o partido coligar com Vulmar. "Todos estão desiludidos e prestes a abandonar o partido por causa da presença deste cidadão", declarou. Por fim, Bianchini fez uma mea culpa, em relação às suas declarações. "Aprendi a amar o meu partido, tenho respeito pelos demais. Procuro gostar de todo mundo, mas de algumas pessoas que estão em certos partidos não sou obrigado a gostar", sentenciou.

Bianchini e Diniz voltam a se pegar
Esses dois se amam. Volta e meia, Bianchini e Diniz Cogo ficam trocando farpas e se engalfinhando na tribuna. Nesta semana, quem provocou foi o Cogo que criticou a escolha dos candidatos a prefeito e vice do PP. "O tempo passa e seguem as mesmas figuras carimbadas para manter Santiago no mesmo lugar, mantendo cabides de emprego, estagiários e benesses", criticou o vereador do PMDB. Em defesa da administração do PP, Bianchini se arpoou. "Pergunto que essas pessoas que ficam criticando, fazem para mudar Santiago? Só sabem criticar tudo o que é feito", pauleou o vereador.

Quem fica, quem vai, quem volta, quem sai?
A cada eleição tem disso: candidatos que estavam fora de Santiago se lembram que Santiago existe e que que querem fazer algo por sua cidade. É o caso do Marquinhos Peixoto, (PP) e do Sérgio Marion, (PT). Um estava em Porto Alegre, trabalhando no Tribunal de Contas. O outro, em Cascavel, trabalhando numa fábrica. Agora, ambos estão aqui, atrás de um salário de R$ 3 mil como vereador. Marion justifica que foi embora por aqui não tinha emprego (e afinal, não tinha quem lhe colocasse para trabalhar no Tribunal de Contas). Já Marquinhos, diz que sempre se manteve ligado a Santiago, já que sua família mora aqui. Um e outro são candidatos jovens e vão disputar uma vaga para ver se ficam aí pela cidade.

O que fazer quando (a arte de enganar o povo) quase tudo já falhou?
Candidato a prefeito, Prates, vai lançar o livro "A Arte de Enganar o Povo". Candidato a vereador, Éden, vai lançar o livro "O que fazer quando tudo já falhou?". Nunca os nossos candidatos estiveram tão literatos. Mas, Prates deixou o seu para depois, para não se perguntar o que fazer quando tudo falhar. Já Éden lançará o seu agora (vai concorrer a vereador). Lança o livro, querendo lançar a campanha: é a legítima arte pelo (e)leitor.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amor e ódio

Fotomontagem
Que a oposição era considerada burra, muitos suspeitavam. Agora, no entanto, existe a certeza disso. E não é que os diversos partidos correm que nem baratas tontas como que alucinadas por algum Detefon? Na última semana, esse Detefon se chamou Vulmar Leite. Antigo algoz de peemedebistas históricos como Valério Martins da Rosa, que deve ter pensado em trocar o nome para Valéria ou, nem que fosse, raspar o bigode. Afinal, ele foi um dos tantos que bateu na mesa e afirmou que o seu PMDB do coração jamais se coligaria com Vulmar Leite. (Pausa no texto- Volta no tempo....)


- Em 1992, o PMDB conquista a prefeitura de Santiago com uma diferença de mais de 3 mil votos sobre o adversário, o PDS. O prefeito? Um tal de Vulmar da Silveira Leite, tendo como vice o advogado Paulo Rosado, do PDT. Era a primeira vez que a oposição chegava, em décadas, ao poder. No entanto, logo na largada, Vulmar chutou o PT, que ajudou a elegê-lo em em pouco tempo brigou com membros históricos do PMDB, como Arizoli Gindri e Valério da Rosa. Em seguida, largou o PMDB às favas e criou o PSDB. Em 1996, Vulmar deu mais uma cotovelada no antigo partido, ao colocar como vice na chapa de Paulo Rosado, o inexpressivo (políticamente) Ari Lima para disputar o cargo de vice-prefeito, demonstrando desconsideração com diversas lideranças de seu antigo partido. Esfacelando a oposição pela segunda vez em poucos anos, o resultado só poderia ter sido a derrota para o PP, que retomou a prefeitura. Líderes do PMDB como Valério da Rosa prometeram nunca mais apoiar Vulmar nem para concorrer a presidente da Vila.


Hoje. 2008. Nesta quarta-feira, 25 de junho, foi anunciada a chapa PSDB/PMDB. O partido de Antônio Valério surge, após 12 anos, como coadjuvante de seu antigo filiado, alçado por meia dúzia de articuladores como "o maior líder da oposição". E Renato Cadó, que fora seu secretário de Agricultura, é o candidato a vice-prefeito. Para muitos, nenhuma novidade no front, afinal, era o que se tratava pelos bastidores políticos há meses. Desde que o PMDB, o PSDB e o PDT começaram a se reunir ainda em 2007 para decidir sobre o destino de Santiago. Já ali, na concepção das reuniões, Cadó era o "cara". Vulmar, era o "líder". Em tais reuniões não havia espaço para Sandro Palma, do PTB, pré-candidato declarado.
Nem para o PT que, em 1992, serviu como trampolim eleitoreiro, como mandalete político, mas que agora, já não era mais bobo de cair nas graças oposicionistas, um tanto oportunistas. O PT, agia como a mocinha que perdeu a virgindade para o garanhão que só queria lhe arrancar as calcinhas, com a promessa de namoro, mas que depois de ter conseguido o que queria, afastou-se dela. E, assim, a sigla de Lula olhava a aproximação da oposição com Vulmar Leite: com desconfiança. Afinal, ele já tinha lhe arrancado a calcinha uma vez. E o PT não queria mais uma vez perder a dignidade e não arrumar um marido. Sabe como é, cidade pequena, as siglas solteiras ficam faladas.


E foi assim que surgiu a candidatura de Julio Prates. E foi assim que o PT demonstrou força, personalidade e logo deixou de ser interessante no jogo de interesses. Nunca a oposição esteve tão desbaratada. Nunca, tantos candidatos a prefeito e vice surgiram e tantas equações esdrúxulas:


Vulmar e Cadó. Vulmar e Diniz Cogo. Vulmar e Burmann. Vulmar e Alexandre Bochi. Vulmar e Ayda Bochi. Vulmar e Accácio. Vulmar e Nequinho. Vulmar e Sandro Palma.


Engraçado que, de tantas equações, Vulmar sempre estivesse nos holofotes. E engraçado que ele próprio demorou a admitir-se candidato. Inegável, sem dúvida, o preparo político de Vulmar. Ele é "o líder". Tanto que conseguiu desbaratar a oposição e, tal qual prega Sun Tzu, enfraqueceu um a um dos nomes que foram surgindo com possibilidade de lhe fazer sombra, ganhando ele cada vez mais força. Mas faltava, claro, que o PMDB esquecesse as mágoas de antigamente. Assim, o que não se consegue no diálogo, se consegue muitas vezes com um jogo de cena. Afinal, uma imagem vale mais do que mil palavras. E, assim, Vulmar teatralizou: disse que estava saindo fora. Foi aí que caiu a ficha da oposição. Se o seu maior líder, o iluminado, abandonava a candidatura, como ficariam as demais forças oposicionistas, que durante meses, conviveu como mariposas em torno da luz de Vulmar Leite? "Volte, Vulmar. Tu é o cara", admitiu-se, enfim.
Oilton Bettin, presidente do PMDB, que há poucos meses também fez jogo de cena enchendo a boca para dizer que o PMDB iria disputar sozinho se fosse o caso, foi um dos que se rendeu a magnitude de Vulmar Leite e admitindo a forma pouco ousada (para não dizer outras coisas...) com que conduziu o seu partido, rendeu-se, enfim. E anunciou: Cadó será o seu vice. Ao anunciar coligação com Vulmar, o presidente do PMDB desrespeita o que pensam os peemedebistas históricos. Ao anunciar Cadó, suplente de vereador para vice, Oilton desrespeita nomes como Diniz Cogo, vereador eleito, ex-presidente da Câmara e presidente do Corede.


E, assim, brilha mais uma vez o nome de Vulmar Leite entre a oposição. Não há dúvidas que ele é o cara. Não há dúvidas de sua integridade e de sua capacidade.


Só que agora não há dúvidas também de que a oposição é incapaz de viver sem ele. A oposição odeia Vulmar como uma mulher odeia o marido que lhe pôs guampas, mas não consegue viver sem ele. E se arrasta aos seus pés quando ele anuncia que vai embora. Com Vulmar Leite puxando votos para o PSDB, é certo que o partido pode eleger dois vereadores. O PP, com a chapa Ruivo e Toninho, não há dúvida, elege cinco vereadores certo, com a possibilidade fortíssima de eleger seis. Aí, restariam duas vagas somente. Arrisco dizer: uma do PT, que terá candidatura própria. E outra, para o PMDB. O grande PMDB, que não é de duvidar esteja incapaz de alcançar seis mil votos neste eleição em que figurará como coadjuvante. Mas que periga ter uma única cadeira na Câmara a lhe preservar o que resta de dignidade.


A essa altura, Valério da Rosa, líder histórico do PMDB, é bem possível que esteja sentindo coceiras em seu bigode e em sua honra. Se tivésse apostado o seu bigode de que a sua sigla jamais seria vice de Vulmar, é certo que a essa altura, já estaria passando a Gilette. No entanto, essa união tardia das oposições poderá render ainda algo pior para Antônio Valério: ver Sandro Palma, antigo aliado - agora algoz- do PMDB, consagrar-se como a nova liderança da oposição.
Distante dos desbaratamentos- e seguindo firme- Palma pode colher milhares de votos em sua candidatura a prefeito mesmo contando só com o singelo apoio do PPS. Com isso, ele periga tornar-se um novo iluminado, alguém para a oposição amar e odiar. Exatamente como fazem com Vulmar Leite.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Vulmar Leite comunica que não vai mais concorrer

Comunicado à Imprensa
Na tarde de 16 de junho, Vulmar Leite (PSDB), até então pré-candidato a prefeito, comunicou oficialmente aos presidentes do PDT e do DEM a decisão da Executiva do PSDB de retirar o seu nome da disputa, após leitura crítica das condições políticas e de infra-estrutura para sustentar a campanha eleitoral que se aproxima.

A seguir, alguns trechos da carta encaminhada ao PDT e ao DEM:
Sobre o Fórum das Oposições:
"...após meses de intensas e infrutíferas discussões entre PSDB/PDT e PMDB, chegamos às vésperas das convenções partidárias sem propostas comuns de oposição ao continuísmo cimentado pelo PP. A unidade de propósitos, tão sonhada, não vingou e, ainda, gerou nova situação difícil de resolver – a desmobilização das Oposições, cujos partidos e militantes, sem vislumbrar um horizonte factível, perderam tempo precioso na operacionalização da campanha".

Sobre as limitações materiais para a campanha:
"...Nessa hora, é importante compreender que, lamentavelmente, todos os partidos do espectro oposicionista sofrem de uma limitação grave que lhes restringe os movimentos – a falta de estrutura material que impede a realização, embora mínima, das ações que fazem parte de uma campanha eleitoral. Me entristece, também, perceber que companheiros de memoráveis lutas passadas estão se afastando da vida política, desencantados com as dificuldades ou, quem sabe, premidos pelas circunstâncias, para preservar suas atividades profissionais, tal o aparelhamento ideológico que hoje campeia em Santiago, por conta dos interesses do continuísmo conservador que impera, soberano".

Sobre a decisão de não concorrer:
"...Ao analisar essa realidade, a Comissão Executiva Municipal do PSDB chegou à conclusão de que, devido à fragilidade da estrutura partidária existente, não deveria impor-me mais um sacrifício pessoal, mesmo que representasse uma oportunidade palpável para atingir um objetivo comum a todos os militantes do partido. Acolhi estas razões e concordei com a decisão".

Sobre a decisão do PSDB de continuar apoiando a unidade das Oposições:
"Essa decisão partidária me sensibiliza, pois demonstra que, além de apreço e respeito pela minha pessoa, o PSDB mantém apoio incondicional à unidade das Oposições, comprovando o espírito público de seus dirigentes e militantes e a consciência de que a unidade e o projeto político de desenvolvimento são mais importantes do que nomes. Assim, é mister que os partidos de Oposição assentem-se, novamente, na derradeira missão de encontrar o seu representante de consenso, aquele que os levará à vitória, superando intransigências, intolerâncias e vaidades, por um objetivo incontavelmente maior em importância, que é o bem-estar da comunidade santiaguense; assegurando-lhe, novamente, o protagonismo das ações em busca do desenvolvimento e da sustentabilidade, proporcionando vida digna e oportunidades iguais para todos".

Sobre suas crenças e convicções:

"Ao longo de minha vida pública experimentei muitas conquistas, superei grandes obstáculos e enfrentei outros tantos insucessos, motivado pela consciência de que é preciso agir, trabalhar, tomar atitudes, tendo em vista uma causa maior – um ideal, que moveu e ainda e sempre moverá todos os meus atos – a certeza de que é preciso evoluir na busca do bem comum, operando para que seja assegurada justiça social e melhor qualidade de vida para os cidadãos. Jamais desistirei de minhas crenças, mas permito-me não prosseguir em direção que afete a convicção de outras pessoas, em detrimento de uma causa que deve pairar acima de personalismos".

Vulmar Leite enalteceu a postura ética responsável e solidária do PDT e do DEM e esclareceu que vai continuar participando do processo eleitoral, agora não mais como pré-candidato, dando a sua contribuição para que os anseios de todos os companheiros sejam realizados

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mais perdido que cego em tiroteio...




A última vez em que atualizei esse blog foi no dia 30 de abril. Fiuuuu. Faz tempo, hein? Em tempos de internet, de rapidez da informação, eu, o colunista mais lido do jornal Expresso Ilustrado, estou ficando para trás e, consequentemente, perdendo audiência. Mas, enfim, como criei esse blog com o propósito de falar da política, percebo que durante o tempo em que estive afastado da World Wide Web as coisas não mudaram tanto assim. O único fato novo foi a homologação de Júlio César Prates como pré-candidato a prefeito pelo PT. E mais. Soube que sua vitória dentro do partido foi esmagadora sobre o grupo que era contra a candidura própria. O nome de Prates surge como uma novidade no meio político e um alento para a oposição que vê emergir um novo líder. Aliás, é examente disso que a Oposição está precisando. De alguém que tenha a coragem de falar sobre coisas que nunca foram ditas e ser um fator diferencial. A cada eleição, o PMDB, PSDB, PDT e os demais partidos apresentam sempre as mesmas alternativas. Quando não é Vulmar, é Accácio e quando não é Accácio, é Vulmar. Em meio a isso, há brechas em que surgem nomes como Mauro Burmann e Paulo Rosado, incapazes de representar um sentimento popular de renovação e muito mais vinculados a um segmento abastado de nossa cidade. Ambos são, com as devidas proporções, elite. São engravatados da política. Políticos de gabinete, os quais desconhecem a plena realidade do fundo da vila Itu, da Guabiroba, da São Jorge e tantos outros bairros. São políticos que só orbitam no centro da cidade e trabalham no bem-bom do ar condicionado, desconhecendo as mazelas de se acordar cedo para entregar leite, cortar lenha, lavar roupas, fazer concreto, tomar uma cachaça. Júlio Prates, não há dúvida, é o mais identificado a essa realidade popular e comum, até mesmo, em função de sua origem pobre. E que, se hoje é um respeitado profissional da imprensa, é porque ascendeu por méritos próprios, não por herança familiar, porque tenha acertado na Mega Sena ou porque plante soja e crie gado.
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Uma das charges do jornal Expresso Ilustrado desta sexta-feira retrata o presidente do PMDB, Oilton Bettin, como um ceguinho em meio a um tiroteio, onde as demais siglas santiaguenses passam raspando e, rapidamente, buscam um rumo. E o PMDB ali, sem saber para qual lado ir. É triste perceber que um partido de tamanha envergadura não tenha se encontrado, às vésperas de se iniciar o pleito. Errou o PMDB em se firmar somente no nome de Accácio, desconsiderando outros quadros de sua legenda, como o próprio vereador Diniz Cogo, que cansou de bradar aos sete ventos que aceitaria ser o candidato a prefeito. A coragem de Cogo é de considerar e de louvar e, não, articular contra o seu nome. Vejamos algumas conquistas de Diniz Cogo. Depois de mais de 10 anos, ele foi o primeiro presidente do Legislativo do PMDB a "entrar pela porta da frente". Ou seja, sem acordos políticos com o adversário, como fez Sandro Palma e Jorge Damian. Coincidentemente, ambos que traíram os aliados. Sandro aliou-se com o PP para chegar a presidência, mas não renunciou e a consequência foi a rearticulação política, através de Marcos Fiorin Flores, que resultou numa aliança com o PMDB, através de Diniz, que chegou a presidência em 2007. Já Damian, aliado com a oposição, traiu os companheiros e aliou-se com o PP. Mas isso é história.
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Cogo, depois de conquistar a presidência da Câmara, conseguiu a vitória de articular e materializar o Corede Vale do Jaguari. E é o atual presidente dessa instituição. Portanto, seria um nome de respeito dentro de seu partido. Não é o que consideram os seus companheiros, os quais desconsideram o seu nome, preferindo aliar-se em cima de Accácio. Por sua vez, o nobre médico queria unanimidade dentro de seu partido para ser o candidato. Depois, pediu unamidade na oposição, dinheiro e uma massagem nas costas. Queria a cama pronta para deitar, enquanto alguém lhe lavasse os pés. Accácio agiu com a máxima soberba política e, mesmo assim, foi bajulado. Que interessa, a um partido, como vão agir os demais? Se vão coligar ou se não vão? Cada qual precisa buscar o seu próprio rumo e defender as suas convicções, sem se importar se outros o seguiram. Accácio queria isso e muito mais. E, creio, se tivesse suas considerações atendidas, certamente teria ainda outras exigências. Imagine se ele conseguisse chegar a prefeito, que tipo de governo ele faria? Aguentaria a pressão? Ou seria o mesmo político ingênuo de dar dó e desarticulado de doer?
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Accácio, é sábido, se queixa que o Expresso fez uma charge dele, baseada numa declaração sua de que estaria sem "tesão político". Imagine se o presidente Lula largasse uma pérola dessas, que tipo de considerações os chargistas de todo o país não fariam? Mas a origem do desdém de Accácio ao Expresso não é por isso. É porque o jornal ousou publicar uma reportagem, em 1999, revelando que ele tinha sido condenado por negligência médica, responsabilizado por dois óbitos infantis. É por isso que ele não gosta do jornal: por ter revelado um erro seu e uma condenação. Agindo assim, Accácio revela o tipo de líder que é. Serve, quando enaltecem suas qualidades e deixa de servir quando revela seus erros. E ele age assim com o PMDB e com a oposição. Me admira que o partido tenha se articulado em torno de seu nome- e apenas de seu nome. Me admira que a juventude do partido tenha apoiado um político jurássico, que ainda não compreendeu que o mundo entrou em outro milênio. Ora, Accácio propor que seja criado um projeto chamado "Sala de Leitura", onde os alunos leiam e reflitam sobre obras literárias, é porque há muitas décadas ele não entra numa sala de aula. É porque ele desconhece a geração internet, que não quer nada com nada, e cujos professores tem a maior dificuldade para conseguir tratar o conteúdo proposto, quanto mais uma atividade literária. Accácio desconhece, infantilmente, que a deseducação e desinteresse são crescentes nas salas de aula e seu projeto é pueril a ponto de não considerar esses aspectos.

O PMDB, assim como qualquer outro partido, só vai crescer e ganhar abrangência quando parar de considerar só o pessoal da antiga e saber valorizar nomes mais jovens e muito mais preparados para uma briga política. Há aí, Diniz Cogo, Renato Cadó, Rodrigo Vontobel e outros. Mas, ao que parece, não servem para a turminha que monitora blogs e críticas de jornais, promovendo caça a bruxas. Para a turminha que não reconhece suas próprias falhas e trata de apontar fatores externos como culpados pela falta de liderança e incompetência.
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Ao passo que está, diria que o PMDB já perdeu a oportunidade de lançar um nome, afinal, Sandro Palma vem aí. Vulmar Leite também. O mais lógico seria uma união com o PT e, quem sabe, com o PT encabeçando a chapa. Afinal, já definiu um cavalo para a corrida, enquanto o PMDB só escorrega de meias.
De que adianta criar discursos enaltecendo a "mudança", se na própria concepção de candidatos ou de legendas, a oposição tira do bolso os mesmos e velhos "papéis dobrados"? E, afinal, será que alguém da oposição já percebeu que o PP já desarmou-lhe desse discurso nas propagandas da prefeitura (A Administração que promove mudanças)?
Resultaria, em minha concepção, que o PT encabeçasse o pleito e o PMDB humildemente o acompanhasse. Até como mérito à articulação petista, que há vários anos só atua como coadjuvante. E até porque Lula e Olívio obtiveram mais de 13 mil votos na última eleição e o Bolsa-Família beneficia mais de 3 mil famílias santiaguenses.
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No PDT, a situação é ainda mais complicada. Depois que Leonel Brizola morreu, o PDT caminha para o mesmo rumo. É um partido que não se renova e que sequer tem alternativas para encabeçar um chapa para prefeito. Temos aí Paulo Rosado, que perdeu em 1996. Temos aí, Mauro Burmann, que levou um laçaço histórico em 2004. E temos Nelson Abreu, que sabe-se, não deixará o certo, de eleger-se vereador, pelo duvidoso, de aventurar-se a perder seu ganha-pão político. O PDT não tem nomes e a cada ano perde filiados, pois estes ora se afastam, ora falecem. Há um adesivo do partido que diz que Brizola não morreu, como forma de dizer que seus ideais são eternos e seguem além-túmulo. Não é o que parece. A sigla se tornou um cão de guarda, um cachorro de cego e só serve como acompanhante para Vulmar Leite.
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Vulmar Leite, por sua vez, e como bem colocou o jornalista Julio Prates está tumultuando o pleito. É certo que ele é um grande nome e tem potencial, mas como profetizou o jornalista em seu blog, ele esfacelou com a oposição. O PMDB não o aceita, o PT não o quer. Com Vulmar Leite no pleito, não há um consenso entre os partidos oposicionistas, até porque ninguém confia em sua postura como líder político. Eleito prefeito, largou o PMDB às favas, criando o PSDB. Na eleição seguinte, adulou o PDT para concorrer e deu um cotovelaço no PMDB e no PT, indicando Ari Lima, dissidente como ele e filiado do PSDB, para ser o vice. Seus antigos aliados ficaram lá, na rabeira. Vulmar tentou ser o novo "Valdir Amaral Pinto" da oposição. Mas descobriu que o sonho não se concretizaria sem seus antigos companheiros, cujos votos fizeram falta na eleição de Rosado e consagraram Toninho. E foi assim que o PP retomou a prefeitura. E depois de 12 anos, agora em 2008, é que surge a oportunidade de a oposição chegar lá novamente. Até mesmo porque Júlio Ruivo não é Chicão, que tem carisma e discurso eloquente. Ruivo sequer é Toninho, bonachão e simplório. O discurso de Ruivo é fraco e não empolga. Ruivo é um nome forte, não há dúvida. Mas o seu discurso é de dar dó. Por mais fama que tenha, não se pode deitar na cama e dormir, dormir, talvez sonhar. E é, sabendo disso, que a oposição corre atrás de um nome que, afinal, consiga ter discurso e carisma para chegar à prefeitura. Ainda que o PP tenha um máquina comparada a um carro potente e a oposição ande de carroça. Mas o problema maior não é que a oposição seja burra. O problema é que ainda são os burros que estão puxando os arreios...

quarta-feira, 30 de abril de 2008


Em audiência pública na semana passada, a secretaria de Saúde, Mara Machado, respondeu as dúvidas dos vereadores a respeito do fornecimento de medicamentos na Farmácia básica da Secretaria e também sobre o atendimento na Farmácia Popular. Segundo o vereador Sandro Palma (PTB), a presença foi importante para responder aos questionamentos a respeito da falta de medicamentos à população carente. Palma reiterou que as pessoas devem entrar na justiça para conseguir os medicamentos necessários. Mas a opinião do vereador é contestada por seu colega Miguel Bianchini (PP). Segundo ele, a falta de medicamentos no posto de saúde ocorre justamente por causa desse tipo de ação. "Há políticos que incentivam essas demandas judiciais, atuando de forma eleitoreira e prejudicando o município, que já investe além de sua obrigação. Assim, estão esgotando os recursos da secretaria", declarou Bianchini. Palma contestou e disse que as pessoas precisam dos remédios e, sem dinheiro, devem sim recorrer a justiça. A mesma opinião é compartilhada por Diniz Cogo (PMDB). "Não concordo que as internações judiciais sejam apenas por meios políticos e eleitoreiros, pois são defendidos na Constituição", observou o vereador comparando que a cada quatro ações judiciais, três têm ganham de causa.
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O vereador Accácio Oliveira (PMDB) voltou a defender a criação de um Plano de Saúde para os funcionários da prefeitura. Ele conta que seguidamente é procurado por servidores municipais que anseiam por isso. O vereador pediu informações sobre as negociações entre a prefeitura e a o Banrisul, já que havia sido incluído um plano de assistência médica na venda da folha de pagamento, mas nada concreto surgiu. "Caso isso não ocorra, é preciso encontrar outra forma de contemplar os funcionários, que sonham com um plano de saúde", finalizou Accácio.
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Apesar de o PMDB ser o maior partido de oposição, tendo poucas dezenas de filiados a menos que o PP, são de dar dó as ingênuas articulações do partido. Foi a sigla que mais cresceu e se organizou em alguns setores. No entanto, teima em apresentar as mesmas opções, não se permitindo ousar.
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Os partidos de oposição esperavam que o PMDB fosse o protagonista de uma proposta política nova e diferente, mas tanto dormiu na palha que, agora, vê Vulmar Leite crescendo e se organizando. Do jeito que vai, o PMDB ainda pode garantir um lugarzinho ao lado de Leite e, quem sabe, angariar um nome para vice. Isso, se o PDT não ocupar essa lacuna. Aí, é PT Saudações.
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Dizem que o mosquito da DEMgue andou querendo morder o pessoal do PP. E que mordida: eles queriam cinco cargos e R$ 7 mil. É uma nova forma de assalto.
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Criada no ano passado, a Ouvidoria da Câmara já ouviu alguma coisa?
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Gostei de ouvir o vereador Franquilim na última sessão. Do nada, do nada ele começou a elogiar o Guilherme Bonotto, que é um secretário eficiente, que a sua secretaria é a melhor. Existe aí alguma mensagem subliminar?
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Enquanto um clima meio nervoso páira nos bastidores políticos, Júlio Ruivo é o candidato mais tranquilo. Licenciado, ele nem está fazendo campanha, deixando que os outros o façam por ele. Dia desses, dois cabos eleitorais poderosos se manifestaram em favor dele: o vereador Bianchini e o prefeito Chicão. Tá bom ou quer mais?
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E tem o Toninho, que não obedece cacique. Mas quer a bênção.
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Dia 24 de maio tem a festa de aniversário do Expresso Ilustrado, com uma baita duma festa no Clube União Santiaguense. Na oportunidade, será lançado o livro "João Lemes-20 anos de jornalismo", autobiografia do editor do jornal.

sábado, 19 de abril de 2008

Joga pedra na Geni (*)


O sonho acabou, antes mesmo de começar. Em nota divulgada no jornal Expresso Ilustrado desta sexta-feira, o jornalista Júlio Prates anunciou a retirada de sua pré-candidatura para prefeito de Santiago, pelo Partido dos Trabalhadores, a dois meses de se iniciarem as campanhas políticas. Na nota divulgada com exclusividade, Prates desabafou a sua decepção com atitudes veladas de alguns membros de seu partido.

Até há poucos meses, antes da entrada de Prates na sigla, o PT santiaguense estava jogado no fundo de alguma gaveta, em alguma prateleira empoeirada nos fundos de algum galpão político. Estava com seu diretório fechado, tinha visto membros históricos como Tide Lima se afastarem e se aproximava de um ano político sem perspectivas. Com a chegada do jornalista, o PT viu uma luz e passou a se organizar. Via blog do próprio jornalista, ficamos sabendo da insistência de alguns membros da Executiva (Bueno, Luiz Rodrigues), o jornalista engajado Julio Garcia e o blog Boqueirão celebrarem a adesão de Prates às trincheiras petistas. seu nome foi até mesmo indicado a cabeça-de-chapa de ume eventual candidatura própria do PT. (Como todos sabem, é melhor de eleger vereador tendo um "suicida" de cabeça-de-chapa angariando votos para a legenda).

Nesse caso, a estrela de Julio Prates brilhou até mais que do dinossáurico Antônio Bueno. A candidatura própria, neste caso, servia a propósitos individualistas de alguns "latifundiários" petistas. O problema foi que, com o novo verniz, o PT de Santiago passou a ser considerado a "cereja do bolo". Traduzindo: todos queriam coligar com a sigla, convidá-lo para ser vice de alguma chapa oposicionista. Ora os convites vinham de Sandro Palma e seu PTB. Ora, de Vulmar Leite e seu PSDB. Ora, de Accácio e seu PMDB. De repente, eis que o PT era a china mais nova da zona. Mas, ao invés de valorizar o passe e arranjar um bom casamento, a "china mais nova" chegou a cogitar de tirar a calcinha até para o PP, que sequer a estava assediando. Assanhada, a china petista sorri de longe para o partido de Valdir Pinto. Ora, mostra as pernas, ora balança os peitos. Ora joga o cabelo. Mas o PP não quer saber do PT. Assim como muitos dentro do PT sequer querem saber do PT. Querem saber de cargos.
Foi-se a ideologia. Foi-se a luta heróica contra as oligarquias. Contra as forças opressoras. Pelo bem comum. O PT de Santiago parece deixar passar a vez, simplesmente por estar querendo se vender caro demais. Só presta quem é a igrejinha. Só é luxo quem tem estrela. O resto é lixo. E viva os projetos pessoais!!!

O PT, no resto do Brasil, cresce cada vez mais e as pesquisas indicam índices cada vezes maiores de aprovação ao presidente Lula. Em Santiago, ao contrário, o crescimento é que nem rabo de cavalo, para baixo. Impossível para alguém que pensa não ver que alguma coisa está muito errada com os petistas de Santiago.

Talvez os graduados petistas tenham razão. A psicanálise explica a aversão que nos desperta quando invejamos demais uma pessoa. Prates é uma pessoa singular na nossa realidade. É um dos poucos políticos locais com 2 faculdades e pós-graduação. Talvez seja o único político local com 4 livros editados (nenhum de poesia) e está as vésperas de lançar seu 5° livro. Júlio Prates talvez seja o único político local realmente estudado ao nível de grandes teóricos. Tem bagagem, tem história e – curiosamente – história dentro do próprio PT. Quando aluno do Cristóvão Pereira – no tempo da ditadura – foi mandado embora pela diretora de então Iolando Ribeiro. Foi expulso do quartel, e hoje processa a União, mas já aos seus 18 anos estava lá lutando contra a ditadura. Prates não é veado, tem uma bela namorada e seria uma primeira dama a altura de Santiago. Prates é pobre, mora de aluguel e fiel aos amigos. Alias, tal virtude foi transformada numa arma contra ele próprio. Prates foi inflexível ao afirmar que não abria mão de suas amizades, por patrulhamento ideológico e manteve-se firme. Elogiável que perseverou até o fim nessa posição e não abriu mão de lealdade com seus amigos, embora sempre afirmando as diferenças.

Esse é o PT que Santiago merece. Companheiros que instituíram a perseguição contra companheiros. Um partido nanico, fechado numa redoma de vidros, dogmático, intolerante, radical ao extremo. Um partido que deixa de lado a sua própria história e discurso. Não é de se duvidar que, diante de jogadas tão amadorísticas, o PT de Santiago acabe sofrendo uma intervenção da executiva estadual. Simplesmente porque o partido das minorias, em Santiago, resolveu se dar o luxo de discriminar companheiros. E só abrir as pernas para os grandes.

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(*) Geni E O Zepelim

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto

Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes

Dos cegos, dos retirantes

É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina

Na garagem, na cantina

Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos

Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato

E também vai amiúde

Co'os velhinhos sem saúde

E as viúvas sem porvir

Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade

Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni

Joga pedra na Geni

Ela é feita pra apanhar

Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um

Maldita Geni
!!!
Um dia surgiu, brilhante

Entre as nuvens, flutuante

Um enorme zepelim

Pairou sobre os edifícios

Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim

A cidade apavorada

Se quedou paralisada

Pronta pra virar geléia

Mas do zepelim gigante

Desceu o seu comandante

Dizendo - Mudei de idéia
-
- Quando vi nesta cidade
-
- Tanto horror e iniquidade
-
- Resolvi tudo explodir

- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir
Essa dama era Geni

Mas não pode ser Geni

Ela é feita pra apanhar

Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um

Maldita Geni
!!!
Mas de fato, logo ela

Tão coitada e tão singela

Cativara o forasteiro

O guerreiro tão vistoso

Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela

- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos

Ao ouvir tal heresia

A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão

O prefeito de joelhos

O bispo de olhos vermelhos

E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni

Vai com ele, vai Geni

Você pode nos salvar
Você vai nos redimir

Você dá pra qualquer um

Bendita Geni
!!!
Foram tantos os pedidos

Tão sinceros tão sentidos
Que ela dominou seu asco

Nessa noite lancinante

Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco

Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira

Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado

Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado

E tentou até sorrir

Mas logo raiou o dia

E a cidade em cantoria

Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni

Joga bosta na Geni

Ela é feita pra apanhar

Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um

Maldita Geni
!!!

Chico Buarque
(para "A Ópera do Malandro)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O caminho inverso


O caso do prefeito Ademar Frescura, do PP, é digno de ser estudado para entrar nos anais da política brasileira. Afinal, talvez seja o primeiro prefeito que diz ter sanado as dívidas da prefeitura, colocando o município numa situação privilegiada e, em seguida, renuncia ao mandato. "Saio de cabeça erguida", ele diz. De cabeça erguida, mas abrindo mão de disputar a reeleição como o administrador vitorioso que ele diz ser, para tentar uma vaga na Câmara, a mesma em que ele teve um mandato na legislatura anterior. Ademar parece fugir do debate. Se concorresse a prefeito, poderia ser sabatinado com perguntas que não saberia como responder, como o caso das bananas a R$ 12 pilas o quilo. E não há muitas saídas: ou se admite ignorância ou se aponta culpados.

Porta dos fundos
É, sim, o prefeito é um homem de caráter e não tem nada que desabone a sua conduta política. A não ser que foi eleito por quatro anos, mas deixará de cumprir nove meses. Mesmo assim a administração carregará sua marca até o final. Mas Ademar preferiu concorrer a vereador. Para ele, os dias de vidraça foram cansativos e, por isso, ele prefere ser pedra. Mas, não se pode negar que, ao presentear o seu vice-prefeito com o cargo máximo do município, ele pareça estar repartindo o poder. Ainda mais, quando se sabe que Ernani Cruz é candidato anunciado à prefeitura. Para ambos, chegou o momento de abdicar de uma atividade. Um, do cargo de prefeito. O outro, de atender as pessoas de graça, como fazia até há poucos dias, honrando o seu juramento de Hipócrates, ainda que às vésperas de mais uma campanha.
Se Ademar anunciasse uma "aposentadoria política" de não concorrer mais a nada e saísse da vida pública poderia dizer que saiu da prefeitura para entrar na história. Mas fazer isso, por determinações e acordos partidários, é como sair da prefeitura pela porta das fundos. Ainda que de cabeça erguida.

O que é isso, companheiros?


Soube que uma tendência do PT santiaguense abriu guerra contra o Júlio Prates. Dizem que é de direita porque ele é amigo de várias pessoas do PP. Que erro. O Prates é bem relacionado, é diplomático, um hábil negociador, respeitado. Correr com ele do PT como Bueno e outros parecendo estar querendo é um duplo erro. Conduz o PT cada vez mais ao isolamento e afasta de si as melhores cabeças de Santiago.
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Pelo que sei o Prates é combatente contra a ditadura de primeira hora. E o Bueno, no início da década de 90, até andou fazendo campanha eleitoral para o vereador Gildo, do PDS/PPB. Talvez o Bueno esteja pregando moral de cuecas em atacar o Prates.
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Eu ouso dizer: os petistas que querem correr Júlio Prates do PT vão terminar de afundar o Partido em Santiago. Gostem ou não de Prates, a realidade é que o PT de Santiago estava esquecido no fundo de uma gaveta e só teve uma projeção, nos últimos meses, com a entrada do jornalista na sigla. Hoje, o PT é a “china mais nova da zona”. A que todo mundo quer pegar. A que todo mundo quer coligar. É Vulmar, Accácio e Sandro. Todos querem o PT como vice. Prates serviu para espanar a poeira da sigla. E, agora, alguns querem que ele é que vá para o fundo da gaveta. PT saudações!
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Por outro lado, a política santiaguense parece dar algumas reviravoltas com acontecimentos de última hora, os quais estão sendo acompanhados atentamente e que podem repercutir na formação da chapa do PP. Se, por um lado, Ruivo ganha forças, por outra ele perde.
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Pesquisa interna de um partido oposicionista mostra que, ao contrário do que se acreditava, Sandro Palma surge como terceira via, colhendo votos no ninho do PP. Mas, lembre-se: foi desse jeito que o Jorge Martins, do mesmo PTB, se tornou prefeito de São Vicente do Sul.

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Não é de hoje que a entrega das faturas da conta de energia elétrica é motivo de críticas. Muitos se queixam que o atraso na entrega gera transtornos para muitas famílias, que se obrigam a retirar a segunda via e, ainda, pagar multa. Indignado, o vereador Sérgio Prates reclamou do serviço, na última sessão e disse que o serviço está sendo prestado de forma “deficiente” pela empresa responsável, no caso, os Correios. O vereador pediu mais agilidade e atenção para que o usuário não seja prejudicado, chamando a atenção da AES Sul.
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Diversas vezes, o vereador Marcos Fiorin, o Kinho, se mostrou preocupado com a organização do trânsito em Santiago, sendo favorável a implantação de parquímetros. Nesta semana, em seu pronunciamento na Câmara, ele falou sobre as lombadas eletrônicas que, para ele, vão coibir os excessos de velocidade. Kinho também sugeriu que fosse instalada uma outra lombada próximo capela São Jorge, ao lado do posto Charrua. “Infelizmente naquele local, a gente presencia muita imprudência e, até mesmo, rachas entre jovens motoristas”, criticou o vereador.

sábado, 22 de março de 2008

Vereadores levaram uma ‘gorja’


Uma única sessão extraordinária rendeu R$ 731,53 para cada vereador da Câmara de Santiago. Já Nelson Abreu ganhou cerca de R$ 1.07,29, pois recebe 50% a mais por ser o presidente. Foi o que os vereadores receberam na folha de pagamento deste mês por terem participado de uma sessão no dia 29 de janeiro, durante o recesso, onde votaram cinco projetos, em sessão convocada pelo prefeito. No ano passado, o então presidente Diniz Cogo optou por assinar as convocações, em acordo com o prefeito, com o propósito de economizar a verba legislativa (sessão convocada pelo prefeito é paga. Pelo presidente da Câmara não). Neste ano, os vereadores tiveram um "faz-me rir" extra, já que Abreu manteve a convocação do prefeito. O cálculo da sessão extraordinária se dá com base no valor mensal que eles recebem, dividido por quatro (semanas), o resultado é o que os legisladores ganham por sessão. Os vereadores de Santiago estão entre os melhores remunerados de toda a região, sendo que o valor mensal pago a cada um é de R$ 2.926,14 e R$ 4.219,35 para o presidente.

sábado, 15 de março de 2008

Era uma vez...


Era uma vez um jovem e promissor legislador, que parecia ter um grande futuro pela frente mas que acabou sucumbindo ao próprio ego, envaidecendo-se de sua própria aura e que, hoje, caminha em direção à decadência política. Era uma vez Sandro Palma.

Como todos sabem, ele é aquele vereador que ganhou fama, sempre à cata de alguma polêmica. Sempre sorrindente e sempre procurando ajudar os seus eleitores. Conseguiu o feito de tornar-se o mais votado vereador de todos os tempos e alcançou o cobiçado posto de presidente da Câmara.

Em 2005, Sandro Palma não conseguiu concluir o seu mandato, pois teve problemas de doença, licenciando-se durante alguns meses para fazer seu tratamento de saúde. A ausência de Sandro na Câmara permitiu o fortalecimento de, pelo menos, duas lideranças do PMDB: Renato Cadó e Diniz Cogo e outra do PP: o jovem Marcos Fiorin Flores, hoje no PPS.

Nesse meio tempo, Sandro sai do PMDB e cria o PTB, com o propósito de tornar-se candidato a prefeito. A princípio, sua pré-candidatura era encarada como perigosa, pois ele era dono de grande carisma e popularidade e, se tivesse inteligência, saberia tirar proveito disso para unir a oposição em torno de si.
No caso, o que parece faltar a Sandro Palma é justamente inteligência. Ele pode até ser esperto- e muito- mas dá provas incontestes de ter deixado de ser um prefeiturável respeitável para se tornar um bobo, um malabarista de siglas e discursos vazios.

Senão, como definir suas entrevistas em que invoca para si a condição messiânica de ser "o candidato apoiado por Deus"? Com tal afirmativa, ele busca angariar votos de evangélicos fervorosos. No entanto, seriam esses evangélicos ignorantes o bastante para engolir esse joguete? Que pessoa, em sã consciência, engole esse tipo de discurso, que nada mais é que um deboche à própria inteligência do eleitor? Sem nada mais para dizer, ele aposta nas evasivas. Sem nada para dizer, faz promessas miraculosas e improváveis. Num debate político, ao lado de candidatos sérios e preparados, que chance esse tipo de discurso teria? É óbvio que Júlio Ruivo desmonta Sandro Palma. É óbvio que Júlio Prates o destrói. Ou Accácio, ou Vulmar ou qualquer político que tenha algo a apresentar. O mínimo que seja. Pois Palma não tem nada.

Sandro dá entrevistas e afirma que concorrerá sozinho e que o seu vice-prefeito é Marcos Fiorin, do PPS. No dia seguinte, contata o PT e oferece a cadeira de vice para algum integrante do partido. E, assim ele faz com o PDT, o PMDB, o PSDB e, sem respeito algum a qualquer sigla ou o que elas representem, Sandro vai brincando com cada uma delas. Para ele, pouco importa apresentar alguma proposta para fazer algo por Santiago. O que importa é satisfazer sua vaidadezinha de ser o sucessor de Chicão.

Mas a gota d'água aconteceu nesta sexta-feira, 14, onde no auge da palhaçada, Sandro Palma vai até a prefeitura com uma causa nobre: falar com o prefeito para conseguir uma internação para uma criança. Mas o que poderia ser nobre, virou algo pobre e podre.

No aguardo do prefeito, ele começa a dizer que só retiraria do local, quando fosse atendido por José Francisco Gorski. Fazendo da escadaria da prefeitura o seu palco, começa a atrair o público e dispara sua verborragia eleitoreira de que seria o vice-prefeito de Vulmar Leite (?), que retornaria a partir de janeiro para despachar na prefeitura (??) e que as pessoas lhe procurassem na prefeitura a partir do ano que vem (???). E em meio às palhaçadas, Sandro atinge o seu intuito de chamar a atenção.

Os assessores do prefeito, estupefatos com o circo armado dentro do prédio da Prefeitura - um ambiente em que Palma, como vereador, teria a obrigação de respeitar - só conseguem restaurar a ordem pedindo que se retire, ou outras providências seriam tomadas.

Só assim, Palma decide sair de cena. Não como um vereador, mas como um moleque, um fanfarrão. Ao contrário dos palhaços circenses, ninguém o aplaude. De promessa política, Sandro se torna um arremedo de Odorico Paraguaçu, um tipo que incorpora o que há de mais revoltoso em qualquer candidato, que faz promessas à torto e direito. Que aposta na ignorância das pessoas para se dar bem. Alguém que se dá bem em cima do eleitor miserável. Com uma mão ele dá, com a outra ele mostra o seu sorridente santinho. Um tipo que segue à risca os tópicos do livro "A Arte de Enganar o Povo", do jornalista Júlio Prates.Palma deixou de ser um político sério para se tornar um mero bobo da corte.

Não há palmas, nem vaias quando o palhaço sai de cena. Apenas o lamento.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Trapalhadas da oposição


Quem não lembra dos Trapalhões? Como eles eram engraçados e nos faziam rir com seus programas e filmes. As sessões em que passavam filmes dos trapalhões eram disputadíssimas, por crianças e adultos. Ah, como era bom rir com o Didi Mocó, o Mussum, o Dedé e o Zacarias. Depois que os Trapalhões se foram, a graça acabou. Ficou só os lamentáveis programas da Turma do Didi, na Globo e do "Dedé e o Comando Maluco", no SBT. Dois programas muito mais melancólicos do que humorados, afinal, não passam de um arremedo do que um dia foram.Assim está a nossa oposição de Santiago. No início, até que dava para dar algumas gargalhadas com algumas trapalhadas que eles vinham fazendo. O Sandro, por exemplo, era o nosso Didi e sempre saia com algum gracejo de fazer doer de tanto dar risada. Prometer ovelha e não dar, dizer que é o enviado de Deus, com a missão de ganhar a eleição. Um sarro. Seus outros colegas oposicionistas, tipo o Vulmar Leite, também não ficam para trás. O Vulmar, com aquele estilo de donzela, dizendo que não quer casar, mas se um príncipe encantado lhe mostrar uma aliança (política) ele sobe no altar.


Agora, os iluminados (como está sendo chamada a oposição), inventaram uma idéia para definir quem vai ser o candidato. Mas é uma idéia digna dos enredos dos "Trapalhões". A idéia é fazer uma pesquisa, indicando os nomes de Vulmar, Accácio e Nelson Abreu, como candidatos. (Deixando de fora Sandro Palma e Julio Prates, pré-candidatos por seus respectivos partidos, PTB e PT). Quem ficar em primeiro é o candidato a prefeito e quem ficar em segundo é o vice. O que ficar em terceiro é o reserva.


Eles pretendem pagar R$ 19 mil para uma empresa fazer essa pesquisa. Vou dar uma de vidente e vou antecipar os resultados.


O Vulmar tem mais popularidade do que os três indicados e aparece em primeiro. Accácio, vem em segundo e o Abreu, em terceiro.


O Accácio, certamente não aceitará ser vice do Vulmar. Ele foi vereador na época em que o Vulmar era prefeito e ele lembra bem como os vices eram tratados. Então, se Accácio não aceitaria nem ser vice (e nem ter Vulmar como vice), sobraria a vaga para o Abreu. Mas, o Nelson Abreu, por outro lado, nunca disse que pretende ser candidato a Executivo. Alguns "interessados" em sua vaga como vereador é que o querem longe do Legislativo. Abreu não é bobo e sabe que a oposição tem mais chance de perder do que de ganhar. Assim, ele aceitaria trocar o certo pelo duvidoso? É certo que não. Então, sobra Vulmar, como candidato a prefeito e sem um vice indicado pela pesquisa. Como eles não colocaram os candidatos do PTB e nem do PT para não fazer sombra, restará buscar outro nome da aliança. (Diniz Cogo, Cadó, Burmann..) Mas, êpa...


Se a idéia era pegar um vice que aparecesse em segundo na pesquisa e eles se vêem obrigado a pegar alguém que não figurou nela, por qual motivo gastar R$ 19 mil ????

Não era mais fácil dizer simplesmente "queremos o Vulmar de prefeito. Escolham o vice???"
Parece enredo de novela mexicana, mas não é. Parece enredo de filme dos "Trapalhões", mas não é. Acho que de tanto dizerem que a oposição é burra, eles estejam se convencendo disso...

sábado, 8 de março de 2008

Iluminados ou burros?

Abaixo transcrevo a escrachada que o nosso terrível Júlio Prates dá nos ditos "iluminados", a respeito de uma pesquisa que alguém quer fazer para apontar o candidato deles, da oposição. Ora, se os carinhas oposicionistas precisam gastar o que não têm, os 19 mil para dar a alguém de fora, nada mais brilhante que trazer todos os eleitores de São Paulo, Rio, Brasília. E bem dizem que os iluminados já começam mal a campanha, como sempre, depois, têm 4 anos para descobrir onde erraram...
Leiam:

"Bem, agora não tem como não comentar a decisão do frentão dos iluminados de contratar o IBOPE, a 19 mil reais, para fazer uma pesquisa em Santiago para ver quem é o melhor nome da oposição. Que solene desprezo as empresas locais. DATA HORA, Agencia Oficial, Gioda, Agencia 21, a própria URI. Mas pior que isso, só a crítica preconceituosa e desrespeitosa do presidente do PMDB dizendo que "são deles" alusão a que não poderiam contratar uma empresa local porque são todas do PP. Quando tocaram no meu nome, dizendo que eu faria uma pesquisa por bem menos, sobrou também para mim. Devem - também - trazer os eleitores de fora."

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008


Diniz quer grana
O presidente do Corede Vale do Jaguari, vereador Diniz Cogo informou que no próximo dia 28 de fevereiro estará acontecendo uma reunião do PPP (Plano de Participação Popular), no qual serão definidas as verbas que serão destinadas aos municípios da região. "Já temos a informação de que o Governo não conta com muito dinheiro para ser dividido entre os municípios, mas não interessa. O que pudermos conseguir para a nossa região, vamos lutar e conseguir", afirmou o vereador que parece estar mesmo com vontade de trabalhar.


Bianchini X trago
O vereador Bianchini, a lei seca é burra. Ele está preocupado com os pequenos produtores, como os de Jaguari, que vendem cachaça e vinho na BR. Ele se diz a favor da proibição, mas acredita que uma melhor fiscalização seria menos prejudicial. Pela lógica, o vereador quer uns 10 mil policiais só na nossa região para conseguir atacar todo mundo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Patrick Machado comenta:
"Já que a nossa macheza foi desafiada, comentemos:Mesmo odiando a unanimidade, que, como todos sabem, é burra, tenho que concordar com Araponga. Essa Delegacia regional em Santiago, há muito, já não tinha mais razão de ser e, por isso, foi transferida no governo Olívio Dutra. Voltou para Santiago no governo germano Rigotto por... Ora! Todos sabem ou suspeitam saber o motivo. A governadora Yeda Crusius (cruzes!) está certíssima em extingüir esse elefante branco."

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Chorando sobre o leite derramado


É bem como diz aquele velho ditado: "não adianta chorar sobre o leite derramado". Diante da notícia do fechamento da Delegacia Regional de Polícia, sediada em Santiago e que tinha como titular o delegado-artista Nenito Sarturi ou José Ataídes Sarturi. Na época em que Olívio Dutra (PT) era governador, a tal DRP havia sido transferida para Santa Maria. No Governo seguinte, de Germano Rigotto, eis que a Delegacia Regional reabre em Santiago, mantendo o seu titular antigo, o delegado Sarturi. Claro que o fato dele possuir filiação no mesmo partido do então governador tenha sido uma mera coincidência. Mas agora quem dá as cartas é Yeda Crusius, do PSDB. E foi ela quem decidiu fechar todas as seções consideradas inoperantes ou desnecessárias, com o justo propósito de enxugar a máquina.

É certo que se a Delegacia Regional de Polícia sediada em Santiago tivesse uma atuação que justificasse a sua continuidade, não estaria fechando as portas. É certo que antes de estar encerrando atividades, a equipe do Governo tenha feito uma avaliação das demandas de cada uma dessas sessões, verificando quais as que tinham razão de existir.
E se, durante os quatro anos do governo Olívio, tudo se manteve sem ela por aqui e nos anos seguintes, pouco mudou com o seu retorno, creio que a governadora nada mais faz do que cumprir o seu papel como gestora. É para isso que foi eleita.

Retorno ao dito do "leite derramado". O colega Júlio Prates citou a luta do recém-criado Corede Vale do Jaguari para manter a Delegacia Regional. Tudo bem, o Corede busca fazer o seu papel. Mas, agora pergunto: em todos esses anos, diante das mais variadas movimentações populares de Santiago (Corede, URI, Ruben Lang etc...), onde é que a nossa Delegacia Regional de Polícia esteve inserida? (Festival de Música não vale!)

Será que ela era realmente necessária? Será que ela cumpria um papel essencial que justificasse os altos salários que mantinha? Ou, melhor, "o" alto salário, no caso, de seu titular?
Quem fizer uma pesquisa no Google, submetendo o nome de Nenito Sarturi (ou José Ataídes Sarturi) não encontrará referências de sua profissão de delegado em compensação, saberá de suas atividades artísticas como músico e compositor. Nada contra, como delegado regional de polícia é mais do que certo que Nenito Sarturi é um excelente músico e compositor.
E é por isso não adianta chorar sobre o leite derramado. Talvez isso até dê uma letra de música...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Uma imagem vale mais do que mil palavras...


Vontobel apóia Accácio

Um dos mais inteligentes e atuantes integrantes de nossa política local, o jovem advogado Rodrigo Vontobel, foi um dos que já deu o ponta-pé inicial para a campanha política 2008. Em seu blog, manifesta total apoio ao pré-candidato a prefeito Accácio Oliveira.

"Independente de já ter externado minha posição oficial como dirigente da juventude do PMDB, digo como pessoa e ser humano que vou trabalhar com unhas, dentes e com maior empenho do mundo para o meu candidato Dr Acácio. Quem viver verá!"

Rodrigo tem experiência em campanhas políticas e é um brilhante estrategista que soma três importantes vitórias em seu currículo. Foi um dos principais responsáveis pelas campanhas de Jerônimo Goergen, deputado estadual, em 2002, no município. Na época, o então desconhecido político somou mais de 800 votos em Santiago. Já em 2004, atuou como coordenador da campanha de Marcos Roberto Fiorin Flores, o Quinho, que teve mais de 1.300 votos. Em 2006, Vontobel foi o coordenador, ao lado de Márcio Weiller, da campanha de Vilson Covati, que foi o segundo deputado federal mais votado em Santiago. Ou seja, bagagem política, ele tem.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eleições

Como tinha falado anteriormente, 2008 é o ano das eleições municipais e passada a folia do Carnaval, a política começa a tomar conta das discussões partidárias. Numa brilhante e completa entrevista em seu blog, meu colega jornalista, Júlio Prates, disseca o pensamento de Vulmar Leite a respeito de sua posição como...oposição!!! E é aquela velha história: Vulmar diz que não é candidato a prefeito, mas age como se fosse. Confira a entrevista na íntegra, clicando em http://www.jornalistaprates.blogspot.com/
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No blog do jovem advogado Rodrigo Vontobel Rodrigues, um outro prefeiturável torna-se notícia, através de um manifesto da Juventude do PMDB de Santiago, que torna público o seu apoio para o veterano médico e vereador e, ao mesmo tempo, lamenta a atual situação da política em nível nacional e estadual, comparando Accácio a um equivalente a Pedro Simon.
A seguir, a transcrição da carta: "Santiago, 12 de fevereiro de 2008.A COMUNIDADE SANTIGUENSE,Após reunião da Executiva da JPMDBS, por unanimidade dos presentes, decidiu-se por apoiar incondicionalmente a candidatura do Dr. Accácio Eggres de Oliveira para prefeito de Santiago, o qual atua há mais de 40 anos na área da saúde em nosso município e possui imensuráveis trabalhos prestados ao nosso povo de forma humanitária. Além disso, exibe um invejável currículo político, tendo sido vereador em quatro legislaturas e candidato a prefeito por duas vezes, presidente do PMDB local e é, senão, um equivalente em nossa Santiago ao que Pedro Simon é no Brasil.
Entendemos que é chegada a hora de levantarmos uma bandeira pela retomada da credibilidade, ética e, principalmente, honestidade na política como um todo, uma vez que, em níveis nacional e estadual, observamos o afloramento de péssimos exemplos. Sendo assim, acreditamos e confiamos no nome de Accácio, que será capaz de bem administrar o nosso município e resgatar a moral na política, como só homens sérios sabem fazer e honrar os compromissos.

Sendo o que tínhamos para o momento.
Atenciosamente,
Rodrigo Vontobel Rodrigues e Márcio Brasil"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quem se reelege?


E parece que agora vai. Extraoficialmente, é depois do Carnaval que o ano começa. E, claro, 2008 é o ano das eleições municipais. Enquanto PP e partidos de oposição discutem seus possíveis candidatos e estratégias para a campanha majoritária (para quem não sabe, prefeito e vice), iniciam também as indagações sobre os possíveis candidatos ao cargo de vereador. Na última eleição, apenas se reelegeram Sandro Palma, Diniz Cogo, Nara Belmonte e Nelson Abreu. Os outros eram todos novatos. Da mesma forma, acredita-se que, para esse 2008, renovação será a palavra de ordem (apesar de que os atuais ocupantes dos cargos acreditem o contrário. Pudera). Enfim, mas quais seriam as possibilidades de cada um dos dez vereadores se reelegerem? Eis as minhas previsões, analisando o desempenho e a situação de cada um deles. (Por ordem alfabética)


Accácio Oliveira- PMDB- Se formos considerar o desempenho político do veterano médico e líder peemedebista, é bem verdade que já não tem o fôlego de mandatos anteriores. O discurso de Accácio soa ingênuo e ultrapassado, assim como a sua atuação legislativa. Apresentou poucos projetos, mas nada que obtivesse êxito. Em algumas sessões, parece incorporar o velho estilo do ex-vereador Luis Manoel, de quase cochilar. De qualquer forma, ele ainda é o termômetro político da Câmara, porta-voz da ética e dos bons costumes, algo que a política muito necessita. Quando Accácio resolve levantar alguma bandeira ou se posicionar contra a votação de algum projeto, o faz por questões de consciência ou, como tanto justifica, para "não violentar sua consciência". O nome de Accácio é cogitado para concorrer a prefeito pelo PMDB e pode ser o grande nome da oposição. Ele tem dito que não pretende concorrer a vereador, mas caso volte atrás, teria chances por possuir votos cativos. Basta lembrar que ele surpreendeu na última eleição, tendo feito uma campanha discreta e, mesmo assim, figurou como o terceiro mais votado.


Cláudio Cardoso- PP- Igual ao anterior, poucos foram os projetos apresentados pelo vereador progressista e líder evangélico. Da mesma forma, o discurso de Cardoso acaba sendo enjoativo. Decepcionou o segmento dos funcionários municipais por ter, diversas vezes, adotado uma postura da defesa patronal, ou seja, do prefeito. Por ter obtido grande parcela dos votos do funcionalismo, esperava-se que Cláudio Cardoso tivesse uma atuação mais voltada para eles, o que acabou não acontecendo. Porém, estreitou os laços com os evangélicos e, em função disso, pode somar uma boa quantidade de votos. Mas é certo que sua votação diminuirá. Mas, para se reeleger, terá de correr atrás dos votos que, teóricamente, perdeu no funcionalismo municipal.


Diniz Cogo- PMDB- Nunca um presidente da Câmara soube usar com tamanha maestria a máquina legislativa. Durante o seu mandato, em 2007, Diniz soube se manter na mídia de maneira elegante. Mesmo com a desculpa de gerenciar a Câmara, foi o vereador que mais apresentou projetos, promoveu a obra de ampliação, criou os novos setores (contabilidade etc), promoveu um concurso público e, de quebra, acabou sendo o principal articulador para a criação do Corede Vale do Jaguari. Desta forma, é certo que o prestígio político de Diniz Cogo aumentou. O fato dele ter saído de seu programa de bandinhas, na Verdes Pampas, pode influenciar e Diniz perder um pouco o seu público. Outros pontos negativos do vereador peemedebista resultam de seu temperamento explosivo e por assumir a condição de opositor ferrenho, na tribuna, do tipo "nada-do-que-o-prefeito-faz-tá-bom" (lembre-se que Chicão tem um prestígio que vale 20 mil votos). Mas, teóricamente, estaria entre os reeleitos, com a possibilidade de ampliar a sua votação.


Franquilim Pereira do Amaral- PP- Vereador do PP, ex-secretário municipal da fazenda, arrisco dizer que o vereador Franquilim deverá deixar a sua vaga para algum outro companheiro. Teve uma atuação legislativa fraca e discursos idem. Apesar de ser um homem honrado e ético, acabou não obtendo destaque por sua atuação legislativa. As únicas vezes em que gerou alguma notícia, foi quando abdicou de seu cargo na Mesa Diretora e depois concorreu a função de presidente, perdendo. Franquilim se elegeu com os votos do interior, especialmente de sua região, em Tupantuba. Porém, muito pouco dedicou-se a retribuir o apoio recebido. A não ser uma que outra sessão proposta para o interior, Franquilim acabou deixando seus eleitores na mão, já que esperavam mais dele. Outro fator é a sua ligação intrínseca com os fazendeiros e ruralistas, o que afugenta também o voto do homem simples do campo. Claro que Franquilim tem dinheiro e isso poderá ser o diferencial na hora da campanha. Porém, é certo que sua votação tende a diminuir em função do pouco resultado que apresentou como vereador. E, diminuindo, poderá ficar na "zona de corte" dos candidatos assim, como foi dito anteriormente, deixaria a vaga para outro colega. Teóricamente Franquilim não se reelegeria.

Marcos Roberto Fiorin Flores- (Ou Quinho)- PPS- O caso de Quinho é o mais interessante. Após ter presidido a Câmara de Vereadores, contra a vontade de seu partido anterior, o PP, Quinho resolveu dar o seu grito de indendência. Desfiliou-se do partido que o elegeu e criou a bancada do PPS, ignorando as propostas do PMDB e do PSDB. Sabe-se lá por que cargas d'água ele fez isso, afinal, para Quinho reeleger-se pelo PPS será uma missão impossível. O partido não possui expressividade, história e nem filiados no município. Certamente não terá uma nominata de puxadores de voto, com excessão do próprio Quinho que, para piorar, está com sua base de apoio esfacelada. Antigos companheiros, como Rodrigo Vontobel, se foram para outros partidos. E apoiadores financeiros, como Júlio Forster de Lima, sequer querem conversa com o vereador, alegando que ele não soube valorizar o apoio recebido durante a campanha. Como precisaria de um quociente de votos acima de 2.400 para eleger um vereador, o PPS corre o risco de perder a bancada a partir de 2009. Teóricamente Kinho não se reelegeria.


Miguel Bianchini- PP- Certamente não há nenhum outro vereador em situação mais cômoda do que o bombeiro-de-ferro para disputar a reeleição. Durante três anos, teve uma atuação de opositor dentro da Câmara, tornando-se a "pedra no sapato" dos ocupantes da presidência. Por conta disso, Bianchini foi amado e odiado pelos leitores e eleitores. Mas, levando em conta aquele dito "falem mal, mas falem de mim", Bianchini soube ter jogo de cintura. Ora atacava, ora era atacado. E poucas foram as vezes em que não se saiu bem. Esteve metido em todos os movimentos sociais, criou vínculo com associações de bairros, igrejas etc. Foi autor de diversos projetos importantes, principalmente ligados à questão ambiental e foi o principal defensor do prefeito Chicão na Câmara. Além disso, é incontestávelmente ético, íntegro e honesto. Mas, por conta de sua inflexibilidade política não foram poucas as vezes em que protagonizou brigas até com os próprios colegas de bancada. Mas e quem disse que o povo não gosta de uma briga? A postura de brigão, nesse caso, ajudou Bianchini a se projetar popularmente e, mais do que certo que a sua reeleição, é o aumento no número de votos. Bianchini periga ser o mais votado da próxima legislatura. E aí, meu amigo, todo mundo vai ter que lhe engolir.


Nara Belmonte- PP- O único momento nesta legistura, em que o nome de Nara Belmonte esteve em evidência, não foi por conta de sua atuação política e, sim, devido a contratempos em sua vida pessoal, onde recebeu apoio de amigos e estreitou laços. Apesar disso, soube aproveitar a sua condição de representante feminina na Câmara e sempre foi lembrada por sua atuação. A vantagem que Nara tem são os seus discursos, quase sempre em defesa da classe dos professores. É uma pessoa simpática e de muitos amigos. Mas, é certo que a sua atuação na composição 2005-2008, deixou a desejar. Poucos projetos apresentados e nenhum de reelevância. Nara figurou mais como defensora do Governo Chicão, nesse caso, com desenvoltura. Apesar de ter renunciado à Mesa Diretora, em 2007, teve bom relacionamento com todos os gestores do Poder Legislativo até então. Na eleição anterior, ela tinha a máquina da secretaria da Saúde na mão, por conta de sua união com Júlio Ruivo. Desfeita a parceira, encontra dificuldades em prosseguir no popular jogo de "te-ajudo-e-tu-me-ajuda-depois". A sua reeleição dependerá dos candidatos potenciais que o PP apresentar. É claro que a condição de mulher na política e professora, poderá render o quarto mandato a Nara Belmonte, mas acredito que sua situação tende a ser instável. Nesse caso, a reeleição de Nara torna-se uma incógnita.


Nelson Abreu- PDT- E chegamos ao atual presidente do Poder Legislativo, o vereador do PDT, Nelson Abreu que não cansa de dizer que esperou 19 anos para presidir a Câmara e que todo mundo elogia o seu trabalho e blá, blá, blá. Depois de Sandro Palma, Abreu é o segundo presidente a garantir para si a antipatia dos colegas. Basta lembrar que o PP se retirou da sessão em que Abreu foi eleito. Nos bastidores, o que se diz é que Nelson Abreu é demagogo, joga pelas costas e é egocêntrico. Em público, sua postura de dizer que não retira diárias e que só viaja às custas próprias é odiada pelos vereadores. Uma, porque dizem que as viagens a que ele se refere são particulares, portanto, não poderiam mesmo ser custeadas pela Câmara. Outra, que não viaja pela câmara porque é muito ligado à família, leia-se "mandado pela mulher". Outra, que apesar de não retirar diárias, seria o vereador que mais gasta com o telefone de sua bancada e que, individualmente, gastaria mais do que a bancada do PP que possui quatro vereadores (como se pode ver no quase sempre desatualizado site da Câmara). Maldades e falatórios à parte, Abreu tem se mantido na Câmara há cinco mandatos. E, do terceiro para cá, não conta com a super-exposição que a Rádio Santiago lhe proporcionou, já que está afastado da emissora há mais de uma década. No entanto, é pelo seu trabalho como locutor na radio de Jaime Pinto que Abreu alcançou a popularidade. Nas últimas duas eleições, porém, Abreu só entrou por causa da coligação com o PSDB. Como a regra não vale mais, é certo que o PDT irá suar para eleger um vereador e alcançar o quociente de votos. Há de se considerar ainda que uns e outros tem dito que Abreu poderia ser candidato a vice ou mesmo a prefeito, o que emocionou e encheu de lágrimas seus olhos trabalhistas (e narcísicos). Não se sabe se é por acreditar, de fato, nas suas possibilidades ou se seria uma forma de tirá-lo do páreo, já que o PDT só teria de condições de eleger um vereador. E se eleger, seria Nelson Abreu. Novamente falando das coligações, o fato delas estarem proibidas, dificulta e muito o retorno de Abreu em 2009. Teóricamente não se reelege.
Renato Cadó- PMDB- O ex-presidente do PMDB era suplente e conseguiu desempenhar mandato no legislativo durante dois anos, atuando na vaga do licenciado Sandro Palma e deu adeus ao cargo com o retorno de Palma. Cadó pode surgir como um dos principais nomes do PMDB, mas não por conta de sua atuação legislativa pois, afinal, muitos nem sabem que Cadó foi vereador. Teve uma atuação discreta, porém, longe de polêmicas de toda ordem. Seu discurso, porém, era dos melhorzinhos entre os vereadores, sempre ponderado e com categoria. Por conta de sua postura, Cadó foi alçado à condição de articulador das reuniões do frentão, que integrava os partidos políticos de oposição, obtendo o aval de líderes como Vulmar Leite, Mauro Burmann, Accácio Oliveira e outros. O trabalho de Renato Cadó como técnico da Emater lhe permite um contato direto com a população do interior, é o que lhe rende um trunfo. Somando isso à breve exposição que obteve exercendo a vereança, teóricamente Cadó poderá obter a titularidade na Câmara em 2008.


Sérgio Prates- PSDB- Dizem que o representante dos aposentados, como se apresenta o vereador Prates, deve a sua eleição em 2004 a um fator climatológico: a falta de chuva. Como no dia da eleição não houve precipitações, seus principais eleitores puderam sair de casa e votar com tranquilidade. Se tivesse chovido, muitos poderiam ter optado por deixar para outra vez, já que o voto acima de 65 anos é facultativo. Se isso influenciou a eleição de Prates não se sabe. Mas é certo de que o PSDB, assim como o PPS, o PTB e o PDT, pode ter problemas em atingir o quociente de votos, em menor grau, é verdade. A não ser que se torne cabeça de chapa na eleição ou lance candidatos potenciais. Nesse caso, bastaria convencer alguns figurões do PSDB, como Vulmar Leite, entre outros, a concorrer ao Legislativo. É certo que o PSDB elege vereador, não se sabe quem. Se Vulmar concorrer, se torna uma pedra no sapato de Prates. Mas se não concorrer, a chance dele voltar aumenta. Sua atuação legislativa, a exemplo de outros colegas, foi fraca apesar de ter apresentado vários projetos. Porém, a maioria deles parece ter sido retirada da Internet, copiado de outras Câmaras. Se a palavra de ordem na próxima eleição, renovação, for levada à risca pelos eleitores, Prates poderá estar na corda bamba já que seu discurso é ultrapassado e suas práticas ídem, sem falar no visual "Milionário e José Rico", extremamente retrô. Viu, só? Araponga também é fashion. Mas, enfim, Sérgio Prates se reelege? Depende da nominata do PSDB.


Sandro Palma- PTB- Veja como são as coisas, o vereador-fenômeno de 2004 que entrou para a história como o mais votado, pode estar dando adeus ao legislativo, em uma ou outra situação. Palma tem dito que pretende concorrer a prefeito o que, nesse caso, lhe colocaria fora da disputa para continuar na Câmara. Se ele vai ou não concorrer pelo PTB ou coligado com outros partidos, não se sabe, mas ele afirma que vai a prefeito. No caso de tentar um terceiro mandato, as coisas se complicam para Sandro Palma, que deixou o PMDB para fundar o PTB. Assim como o PPS de Quinho, o PTB de Sandro Palma é desses partidos de uma estrela só, dificultando alcançar o quociente de votos necessários para se reeleger. Mesmo que Palma mantivesse os 2.156 votos que obteve na última eleição, pelo PMDB, no seu partido atual o PTB, ele ficaria entre os suplentes (considerando que sejam 10 ou mesmo 13 as vagas para o legislativo). Outros fatores a serem considerados: Sandro descumpriu uma acordo com o PP para manter-se na presidência e, após, se licenciando para tratar da saúde. Sua postura mostrou, ao mesmo tempo, fibra, por ter enfrentado o PP e anti-ética, por não ter mantido a palavra. É certo que, se não fosse por isso, nem Quinho, Diniz Cogo ou Nelson Abreu teriam chegado à presidência e a oposição não teria sido valorizada. Talvez Palma faça disso uma moeda de troca para conseguir a vice ou algum cargo de secretário numa eventual vitória oposicionista na prefeitura. Mas, considerando suas chances para a vereança, como se falou anteriormente, elas surgem tímidas, ainda mais por ter atraído a antipatia de eleitores, descontentes pela exploração midiática que ele deu a sua própria doença. Se tiver de apostar, diria que Sandro Palma não se reelege para vereador. Pelo menos, não na atual situação do PTB.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Araponga no Carnaval


Tem gente que não gosta de Carnaval. Eu aprecio. E muito. Nada melhor do que assistir na TV os desfiles das escolas de samba e ver aquele monte de mulheres boazudas, semi-nuas, sacolejando nos sambódromos do Rio de Janeiro. Dá para ver também um monte dessas estrelas de TV, Sabrina, Tiazinha, Ivete Sangallo, Cláudia Leite e outras tantas só vestindo uns pedacinhos de pano. O Carnaval é isso aí mesmo: uma festa para os olhos. Aqui em São Francisco, no Jacaquá, onde estou acampado, não é muito diferente. Após a churrascada, deixei de cozinhar o lombo no sol e me vim para a cidade. Boas as lan houses daqui, bem organizada, inclusive essa da locadora onde estou. O gerente é camarada e dá palpites sobre os filmes para seus clientes. Enquanto o Lemes e Cia se divertem no litoral catarinese, é por aqui que faço o meu veraneio. Eu e mais uma penca de santiaguenses. Os que não tomaram o rumo de Jaguari, aqui estão, no Jacaquá ou em Manoel Viana. Tudo bem. Certamente quem optou por esse programa é porque não é muito adepto da folia de Carnaval. Mas até por ali, pois esse pessoal que por aqui está acampado, ao invés de saborear o contato com a natureza, a primeira coisa que faz é ligar o som em alto volume com todo o tipo de música ruim. É isso aí, assim estão sendo as minhas férias, nesta semana em que o Expresso Ilustrado dá uma pausa em sua circulação. Assim, afastado momentâneamente de minha coluna ficarei sem falar mal de ninguém. Só me resta apreciar as pernas alheias na prainha. Ou ver a Sabrina Sato de fio dental.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O chorador oficial

Nem bem a Câmara elegeu seu novo presidente e o cara já foi chorar noutra freguesia. Pegou o carro oficial dos vereadores, o qual ele foi contra na hora da votação para comprá-lo, e se bandiou para Jaguari chorar pelos cotovelos. Mas as suas lágrimas de crocodilo logo retumbaram na nossa Santiago como um prato cheio as gastadores de diárias da Câmara, sendo que o nosso chorador oficial de velório, sempre foi contra a essa tiração de diárias. Sabem por quê? Porque alguém não gosta que ele viaje, por isso, ele enfurece com quem vai e gasta diárias. Agora, viajar com o carro fúnebre da Câmara, "podi". Gastar combustível do povo, "podi". Oh, tio Neco! Para de querer transformar a Câmara num vale de lágrimas e vai ver se estou na esquina. Ou melhor, PEDE PRA SAIRRRRR!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Marias-costureiras

Depois de alguns dias de folga estou de volta, sempre com o ferro quente para bater em que merecer. De cara vou adiantando que me dá nos nervos estas coligações esdrúxulas que tentam fazer. Todo dia tem um sendo lançado, mas de verdade, nada. Claro, nem podem homologar nada agora, fora de data. Então, só se ouve falar em costura daqui, dali. As legítimas Marias-costureiras.

Donismo - Ontem ainda me falaram que o véio Getúlio está pê da vida com o Bueno. O petista anda se encontrando na casa do Burmann e isso não agrada ao partido. "O Bueno não é dono do PT e nem se governa," disse Getúlio.

Oposição da oposição

Sendo o PMDB o maior partido de oposição de Santiago, resolveu lançar o seu candidato a prefeito: Accácio Oliveira. Assim, bastaria unir os outros partidos de oposição, aguardando a indicação de um vice para enfrentar o candidato do PP. (Ruivo, Toninho?). No entanto, parece que agora começa a surgir uma oposição dentro da própria oposição. O nome de Accácio seria empecilho para alguns interesses e já há quem queira costurar outras alianças, deixando o médico de fora. Boatos dão conta de que poderia ser Vulmar, do PSDB, e algum candidato do PDT. Nelson Abreu, Mauro Burmann?


Palma minguado

Por outro lado, Sandro Palma que, já esteve por cima do charque nas negociações para compor a chapa oposicionista, fez tanto charme e bico doce que acabou caindo em descrédito. Hoje, seu nome parece não entrar nas negociações. E ele próprio teria percebido isso, preferindo investir mais num possível terceiro mandato ao Legislativo do que numa vaga ao Executivo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Solene ou sonolenta?

A sessão solene de aniversário de Santiago, ocorrida na Câmara, contou menos com discursos enaltecendo a cidade em si e mais com falatórios políticos. Quem não dormiu com a transmissão pela Iguaçu-FM, pôde ouvir Sérgio Prates reclamando da diminuição populacional. "É preciso unir esforços para e criar empregos para que nossos filhos não vão embora de Santiago", observou.

Em seguida, Marco Peixoto, tentou remendar dizendo que, em visita a outro município, caminhava (?) e encontrava centenas de santiaguenses (??). "O pessoal me encontrava, me abraçava e dizia: mas como Santiago está bem, deputado". Ou seja, se ele tentou dar uma resposta à crítica de Prates, argumentando encontrar centenas de santiaguenses fora de sua cidade-natal, foi pouco eficaz.

Outro discurso modorrento foi o da Nara Belmonte. Primeiro, porque era cheio de dados técnicos sobre Santiago, muito blá, blá, blá e "nossa administração isso e aquilo". Segundo, porque foram intermináveis vinte minutos disso. Tenha dó.

Outro infeliz no discurso foi o Júlio Ruivo. Ao abrir o diálogo, quis enaltecer o presidente Abreu, por ter sido eleito e lembrou que ele, Abreu e Marco Peixoto iniciaram a vida pública juntos na Câmara. "O Marco teve a sorte de presidir a Câmara logo no primeiro ano. Eu, seis anos depois. Já o Nelson teve de esperar 19 anos para que isso acontecesse". Noutras palavras...

E, como não poderia deixar de ser, o Ruivo ainda foi capaz de uma outra pérola. Como o vereador Franquilim não se manifestou, não teve a oportunidade de puxar o saco do Gibelino Minuzzi. Então, coube ao vice-prefeito fazer isso, lembrando que o velho Giba não foi presidente da Câmara, mas se tivesse sido, teria sido um dos melhores. Arreee!

Isso sem falar no discurso (quase sempre) pouco empolgante de Cadó (que dó) e na velha demagogia do Abreu. Mas apesar do ufanismo dos discursos, a sessão bateu o recorde por ter uma das menores audiências. Não fosse a milicada que estava por lá, teria uma meia dúzia. Eis aí a grande vantagem em convidar o general para participar da mesa de autoridades. Além de ir, ele leva os seus comandados.Essas sessões solenes geralmente são assim mesmo, sonolentas.