sábado, 15 de março de 2008

Era uma vez...


Era uma vez um jovem e promissor legislador, que parecia ter um grande futuro pela frente mas que acabou sucumbindo ao próprio ego, envaidecendo-se de sua própria aura e que, hoje, caminha em direção à decadência política. Era uma vez Sandro Palma.

Como todos sabem, ele é aquele vereador que ganhou fama, sempre à cata de alguma polêmica. Sempre sorrindente e sempre procurando ajudar os seus eleitores. Conseguiu o feito de tornar-se o mais votado vereador de todos os tempos e alcançou o cobiçado posto de presidente da Câmara.

Em 2005, Sandro Palma não conseguiu concluir o seu mandato, pois teve problemas de doença, licenciando-se durante alguns meses para fazer seu tratamento de saúde. A ausência de Sandro na Câmara permitiu o fortalecimento de, pelo menos, duas lideranças do PMDB: Renato Cadó e Diniz Cogo e outra do PP: o jovem Marcos Fiorin Flores, hoje no PPS.

Nesse meio tempo, Sandro sai do PMDB e cria o PTB, com o propósito de tornar-se candidato a prefeito. A princípio, sua pré-candidatura era encarada como perigosa, pois ele era dono de grande carisma e popularidade e, se tivesse inteligência, saberia tirar proveito disso para unir a oposição em torno de si.
No caso, o que parece faltar a Sandro Palma é justamente inteligência. Ele pode até ser esperto- e muito- mas dá provas incontestes de ter deixado de ser um prefeiturável respeitável para se tornar um bobo, um malabarista de siglas e discursos vazios.

Senão, como definir suas entrevistas em que invoca para si a condição messiânica de ser "o candidato apoiado por Deus"? Com tal afirmativa, ele busca angariar votos de evangélicos fervorosos. No entanto, seriam esses evangélicos ignorantes o bastante para engolir esse joguete? Que pessoa, em sã consciência, engole esse tipo de discurso, que nada mais é que um deboche à própria inteligência do eleitor? Sem nada mais para dizer, ele aposta nas evasivas. Sem nada para dizer, faz promessas miraculosas e improváveis. Num debate político, ao lado de candidatos sérios e preparados, que chance esse tipo de discurso teria? É óbvio que Júlio Ruivo desmonta Sandro Palma. É óbvio que Júlio Prates o destrói. Ou Accácio, ou Vulmar ou qualquer político que tenha algo a apresentar. O mínimo que seja. Pois Palma não tem nada.

Sandro dá entrevistas e afirma que concorrerá sozinho e que o seu vice-prefeito é Marcos Fiorin, do PPS. No dia seguinte, contata o PT e oferece a cadeira de vice para algum integrante do partido. E, assim ele faz com o PDT, o PMDB, o PSDB e, sem respeito algum a qualquer sigla ou o que elas representem, Sandro vai brincando com cada uma delas. Para ele, pouco importa apresentar alguma proposta para fazer algo por Santiago. O que importa é satisfazer sua vaidadezinha de ser o sucessor de Chicão.

Mas a gota d'água aconteceu nesta sexta-feira, 14, onde no auge da palhaçada, Sandro Palma vai até a prefeitura com uma causa nobre: falar com o prefeito para conseguir uma internação para uma criança. Mas o que poderia ser nobre, virou algo pobre e podre.

No aguardo do prefeito, ele começa a dizer que só retiraria do local, quando fosse atendido por José Francisco Gorski. Fazendo da escadaria da prefeitura o seu palco, começa a atrair o público e dispara sua verborragia eleitoreira de que seria o vice-prefeito de Vulmar Leite (?), que retornaria a partir de janeiro para despachar na prefeitura (??) e que as pessoas lhe procurassem na prefeitura a partir do ano que vem (???). E em meio às palhaçadas, Sandro atinge o seu intuito de chamar a atenção.

Os assessores do prefeito, estupefatos com o circo armado dentro do prédio da Prefeitura - um ambiente em que Palma, como vereador, teria a obrigação de respeitar - só conseguem restaurar a ordem pedindo que se retire, ou outras providências seriam tomadas.

Só assim, Palma decide sair de cena. Não como um vereador, mas como um moleque, um fanfarrão. Ao contrário dos palhaços circenses, ninguém o aplaude. De promessa política, Sandro se torna um arremedo de Odorico Paraguaçu, um tipo que incorpora o que há de mais revoltoso em qualquer candidato, que faz promessas à torto e direito. Que aposta na ignorância das pessoas para se dar bem. Alguém que se dá bem em cima do eleitor miserável. Com uma mão ele dá, com a outra ele mostra o seu sorridente santinho. Um tipo que segue à risca os tópicos do livro "A Arte de Enganar o Povo", do jornalista Júlio Prates.Palma deixou de ser um político sério para se tornar um mero bobo da corte.

Não há palmas, nem vaias quando o palhaço sai de cena. Apenas o lamento.

7 comentários:

Anônimo disse...

Parabens senhor Araponga te trazer a tona a verdadeira face desse palhaço.

Anônimo disse...

Os evangelicos não são bobos. Existem alguns dentro da Assembléia de Deus que por estarem mamando insistem no nome de Sandro Palma mas a grande parte da Igreja, já viu quem é o fanfarrão que usa o nome de Deus em vão. Parabéns senhor Araponga pela coragem de dizer a VERDADE. Que Deus lhe DÊ sabedoria para continuar escrevendo palavras tão justas quanto essas.

Anônimo disse...

o Ponga deveria usar as virtudes de mãe Dina para apostar no jogo do bixo.

Anônimo disse...

O Sandro Palma lembra muito aquele homorista da TV Panico o CRISTIAN PIOR.E na fantasia de arlequim então ficou perfeito.

Anônimo disse...

PARABÉNS ARAPONGA.

Anônimo disse...

Seu apaponga, agora com tudo isso correu a notícia no culto de ontem a noite que Sandro Palma será vice de vulmar leite. o que o senhor pode comentar sobre isso se for verdade. achei muito bom pra palavra de Deus o senhoer desmascarar esse falsante.

Anônimo disse...

Se a chapa Vulmar e palma se confirma é bom o PP botá a barba de molho....aí a coisa pode complicá pro júlio ou quem quer q seja.