quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Solene ou sonolenta?

A sessão solene de aniversário de Santiago, ocorrida na Câmara, contou menos com discursos enaltecendo a cidade em si e mais com falatórios políticos. Quem não dormiu com a transmissão pela Iguaçu-FM, pôde ouvir Sérgio Prates reclamando da diminuição populacional. "É preciso unir esforços para e criar empregos para que nossos filhos não vão embora de Santiago", observou.

Em seguida, Marco Peixoto, tentou remendar dizendo que, em visita a outro município, caminhava (?) e encontrava centenas de santiaguenses (??). "O pessoal me encontrava, me abraçava e dizia: mas como Santiago está bem, deputado". Ou seja, se ele tentou dar uma resposta à crítica de Prates, argumentando encontrar centenas de santiaguenses fora de sua cidade-natal, foi pouco eficaz.

Outro discurso modorrento foi o da Nara Belmonte. Primeiro, porque era cheio de dados técnicos sobre Santiago, muito blá, blá, blá e "nossa administração isso e aquilo". Segundo, porque foram intermináveis vinte minutos disso. Tenha dó.

Outro infeliz no discurso foi o Júlio Ruivo. Ao abrir o diálogo, quis enaltecer o presidente Abreu, por ter sido eleito e lembrou que ele, Abreu e Marco Peixoto iniciaram a vida pública juntos na Câmara. "O Marco teve a sorte de presidir a Câmara logo no primeiro ano. Eu, seis anos depois. Já o Nelson teve de esperar 19 anos para que isso acontecesse". Noutras palavras...

E, como não poderia deixar de ser, o Ruivo ainda foi capaz de uma outra pérola. Como o vereador Franquilim não se manifestou, não teve a oportunidade de puxar o saco do Gibelino Minuzzi. Então, coube ao vice-prefeito fazer isso, lembrando que o velho Giba não foi presidente da Câmara, mas se tivesse sido, teria sido um dos melhores. Arreee!

Isso sem falar no discurso (quase sempre) pouco empolgante de Cadó (que dó) e na velha demagogia do Abreu. Mas apesar do ufanismo dos discursos, a sessão bateu o recorde por ter uma das menores audiências. Não fosse a milicada que estava por lá, teria uma meia dúzia. Eis aí a grande vantagem em convidar o general para participar da mesa de autoridades. Além de ir, ele leva os seus comandados.Essas sessões solenes geralmente são assim mesmo, sonolentas.

Um comentário:

Anônimo disse...

HO SEU ARAPONGA, O SENHOR DEVIA ESCREVER MAIS SEGUIDO.