sábado, 24 de novembro de 2007

Grosso e cascudo

Ontem à noite estava indeciso. Ir ou não à sessão especial da Câmara que estava prevista para ocorrer na vila Betânia? Devo ir? Devo não ir? Devo ir? Devo não ir? Não fui. Ouvi o Jones na "rádia", convidando para a tal sessão. Depois do governo Yeda se descentralizar pelo interior, os nossos edis resolveram fazer o mesmo. É a segunda sessão que acontece no interior e resolvi não ir porque tinha a certeza de que nada de importante seria tratado na mesma. E, até onde eu sei, nem as descentralizações da Yeda estão servindo para alguma coisa, e isso que ela representa o Poder Executivo Estadual! Imagine o nosso Legislativo. Ir nessa sessão, seria só para vê-los se engrandecendo para o nobre povo do interior, que trabalha a semana toda e não merecia esse castigo.
Chocolate enjoa - Seria só para ver o Nequinho fazendo longos e cansativos discursos e estrategicamente olhando para um ou outra pessoa na platéia, especialmente aquelas prestes a bocejar e dizer "não é, seu Joãozinho? O senhor que é uma pessoa assim, assada e que trabalha e que paga os seus impostos", fazendo o vivente dar um pulo na cadeira e ficar antenado com seu gritedo. Que o Nequinho sabe desenvolver um bom discurso, isso é verdade. Mas demais, até chocolate enjoa. E o Nequinho é mestre em ser enjoativo.
Metade do tempo- Seria para ver o Accácio iniciar sua fala saudando o plenário e dizendo que tem um monte de assuntos para abordar, mas que está preocupado com o tempo, que não pode não ser suficiente, então, ele não vai conseguir dizer tudo o que gostaria de dizer e blá, blá, blá. E só nessa fala, ele já ocupa metade do tempo.
Demagogias - Seria para ouvir o Cláudio Cardoso, com a sua voz de Amado Batista, falando muito e não dizendo nada? Ou para ouvir o Franquilim saudar o "grande arquiteto do universo", ou o eterno vereador Gibelino (Ah!, lá na Betânia ele não vai), ou mesmo o presidente Diniz querendo fazer média com os moradores de seu ninho eleitoral, que é a Betânia ou dizer que está construindo ampliando o prédio da Câmara, ignorando que parte da idéia toda surgiu do ex-presidente Kinho? E falando no baixinho, ir à sessão, seria para vê-lo emprestando um minuto para o Neco Abreu concluir suas demagogias; para o Bianchini criticar o presidente, para o Accácio terminar seu discurso ou à Nara, para ela saudar o "plenáááááário..." e, assim, não lhe restar tempo para falar nada. Se bem que, para quem não tem nada para dizer, um minuto é mais do que suficiente.
Barulho por nada- Enfim, não fui na sessão de ontem na Betânia, nem saí de casa, nem escrevi nada. Precisava cortar as unhas do pé e ralar o calcanhar, que já andava grosso e cascudo. Agora, está lisinho que nem bunda de bebê. Quer programa melhor para um sexta-feira à noite? Agora, cada vereador vai propor uma sessão aqui e outra acolá. Daqui a uns dias, o Bianchini proporá uma no seu bairro. O Cardosinho idem. A mesma coisa o Sérgio Prates, que vai querer no asilo. Os vereadores que me perdoem, mas meu tempo é precioso e me internem o dia em que eu reservar a minha sexta-feira à noite para ouvi-los fazer muito barulho por nada. Já não chega a baderna dos sons dos carros, que nenhum deles se prontificou a terminar, e eles inventam outra coisa para chamar a atenção? O interior pelo menos, estava livre disso. Até agora...

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